A verdadeira felicidade está no caminho, porque o caminhar acontece no tempo presente! E esse é o nosso maior presente.
O que é mais comum na nossa atualidade é ver as pessoas correndo contra o relógio, vítimas do tempo, correndo contra a própria história, sentindo-se estressadas, angustiadas, incapazes, sobrecarregadas, fisicamente e emocionalmente cansadas.
Mas o que é o relógio, se não apenas uma ferramenta para marcar o tempo? E de que tempo estamos falando, sendo que este é apenas uma percepção de cada um? E qual tempo temos disponível em nossas mãos, se não apenas o momento presente, o aqui e agora?
O passado foi um tempo que ficou para trás e só pode nos trazer recordações e aprendizados, porém nada mais acontece lá, não há ação no passado.
O futuro, ah, o futuro, um tempo de espera de coisas melhores, sonhos, entregas, uma ilusão criada por nossa mente, nosso ego, algo idealizado, que não temos certeza de que encontraremos. E lá, no futuro, também não é possível gerar ação.
O fato curioso é que estamos presos na maior parte da nossa vida, revivendo um passado ou estressados com a percepção de um futuro, e não plantamos no tempo presente, o único lugar onde se pode semear, cuidar, viver e amar. O tempo é que é o verdadeiro sinônimo de ação!
Aprisionados por esses sentimentos e conflitos internos, deixamos de contemplar toda a beleza que já temos em nossa vida e nos enfraquecemos cada vez mais, minamos nossa capacidade de sonhar e agir em prol dos nossos objetivos.
Passamos uma vida produzindo, entregando e, no entanto, sentimo-nos frustrados porque os resultados não vieram conforme o esperado.
A minha pergunta é: será que esses resultados foram cultivados num solo de dor? No tempo do seu semear, que é o tempo presente, onde estava o seu coração? Qual sentimento estava reinando em você?
Faz sentido dizer que colhemos o que semeamos e que o regar, as boas propriedades do solo favorecem ainda mais a fertilidade, resultando num bom cultivo e colheita?
Então será que talvez, e apenas talvez, vivendo nessa ilusão de um futuro ou até mesmo na prisão de um passado, estamos deixando de semear com amor?
E como podemos esperar resultados satisfatórios, realizadores, se a dor prevalece em nossa trajetória?
E, afinal, o que é a dor, se não a insatisfação permanente da alma manifestada através de algum sentimento ou emoção: medo, tristeza, frustração, estresse, julgamento, comparação, incapacidade e tantos outros sentimentos e emoções que experimentamos ao longo da nossa caminhada.
A beleza do viver está em aproveitar o caminho, focar no resultado, sim, mas apreciar o caminho, simplesmente se entregar, fazendo o seu melhor, o seu melhor amor, a sua melhor doação, a sua maior entrega, e ainda apreciar a caminhada com leveza e gratidão, porque o mais bonito da vida está no caminhar, nas pessoas que encontramos, nos desafios que superamos, nos sorrisos que recebemos, nos abraços que nos acalentam, nas mãos que nos seguram, nos joelhos que se dobram para nos levantar, nas preces que entregamos confiados numa intervenção divina, na música que nos inspira, na criação que nos encanta, mostrando a grandeza de um Deus Soberano.
A verdadeira felicidade está no caminho, porque o caminhar acontece no tempo presente! E esse é o nosso maior presente.
No aqui e agora, não há problemas, não há sofrimentos. No aqui e agora, há uma infinitude de amor e compreensão, de paz e equilíbrio, um duradouro estado de amor e graça, uma sabedoria suprema, conexão com a nossa espiritualidade e um solo fértil para colher amor, abundância e felicidade.
O que é o tempo, se não o presente? Convido você a viver o aqui e agora, a viver num estado de graça e amor!
Gratidão!
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