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Quem o encontrou diz que foi a melhor coisa que já aconteceu, quem ainda não encontrou fica se perguntando como e quando encontrar. Amor próprio parece simples, mas não é. Não existe um mapa para ser seguido e não dá para definir como destino final no waze.
Esse tal de amor próprio é mesmo um danado! Talvez, um dos amores mais complexos de se entender e viver. Ele é tão ou mais confuso que a nossa cabeça em um fim de relacionamento. Aliás, o ponto de partida para encontrá-lo é justamente esse, o fim. E o fim não está relacionado necessariamente a vida amorosa, mas ao fim de ciclos vividos.
O amor próprio é o mais puro e bonito amor, justamente por estar ligado a uma única pessoa: você. Tudo que envolve o seu bem-estar tem pitadas de amor próprio. Junte tudo e pronto, aí está o que você tanto busca.
Nossa vida é a nossa única propriedade, amá-la é o melhor que podemos fazer por nós. Isso significa viver pensando no seu bem-estar, e isso envolve tantas sensações. Felicidade, prazer, tranquilidade, paz, maturidade, decisões, mudança, relações e principalmente, objetivos.
Terminar uma relação que não te faz bem, sair de um trabalho que não te faz bem, se posicionar diante de uma relação abusiva com um namorado(a) ou chefe no trabalho, decidir tirar um ano sabático, dormir até tarde, comer chocolate, começar a praticar um esporte, deixar de sair um final de semana para ficar com os seus pais, sair com as suas amigas, ir viajar sozinha, dizer não para aquilo que você realmente não quer e “sim” para tudo aquilo que quiser. Entender que o que é bom para o outro não necessariamente vai ser bom para você. Esse último talvez seja a chave para abrir a porta do amor próprio.
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Você provavelmente já deve ter ouvido o termo “Maria vai com as outras”, pois bem, não seja a Maria e não seja as outras, seja você. Siga sua intuição e seu coração em todas as suas decisões. Os outros nunca vão saber o que se passa aí dentro.
Olhando de fora, um casamento de 30 anos parece sólido, mas só quem está ali dentro sabe se o pilar de sustentação está podre ou saudável. Olhando de fora, um relacionamento de semanas parece líquido demais, fogo de palha, mas só quem está ali dentro vai saber se terá uma base sólida ou irá acabar.
Entenda que cada ser presente neste mundo tem uma referência de vida. O sólido e o líquido para mim e para você são bem relativos. Assim é o amor próprio. Você pode aceitar situações que outras pessoas jamais aceitariam, e isso não é ruim, é a sua referência, seu aprendizado.
Sabe aquela história, cada um dá aquilo que tem? Pois bem. O amor próprio é igual, você se dá aquilo que tem. É o amor que gira e fica no próprio umbigo. Beira o egoísmo sim, não vamos negar, mas é a melhor coisa que podemos ter.