Quando o agente Raphael Cavaleiro pegou as passagens, percebeu que os bilhetes eram falsos, mas ele se ofereceu para custear os bilhetes verdadeiros como uma forma de ajudar o casal.
Algumas pessoas se acham mais espertas do que outras e passam a vida tapeando e enganando qualquer indivíduo que considere mais ingênuo ou menos esperto que si mesmas. Egocêntricas, normalmente agem sem pensar nos sentimentos do próximo, sem sequer avaliar qual será o impacto daquela ação na vida do outro.
Um caso que poderia acabar em lágrimas aconteceu em Campo Grande (Mato Grosso do Sul), mas, felizmente, um adorável agente de aeroporto se comportou como um verdadeiro herói. Um voo havia sido cancelado e o expediente de Raphael Cavaleiro já havia acabado, mas ele preferiu continuar um pouco mais o seu trabalho e ajudar as pessoas que o abordavam.
Segundo Raphael conta, em entrevista ao G1, ele já tinha acabado toda a parte administrativa, quando um casal o abordou. Com duas crianças de colo e uma menina de nove anos, que atuava como porta-voz dos dois, que eram surdos, o casal entregou seus bilhetes do voo.
A menina conversou com Raphael e, mostrando-se muito eloquente, explicou que todos estavam indo viajar, mas quando o agente abriu as passagens, percebeu que se tratava de um golpe.
Não havia reserva no sistema e, segundo a filha, o pai havia comprado as passagens através de um contato no Facebook, que o havia bloqueado logo que recebeu o comprovante de depósito.
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Assim que Raphael explicou a situação para a família, todos entraram em choque. Os pais ficaram muito agitados e a menina caiu no choro, explicando que eles não tinham como pagar novas passagens, já que o pai estava desempregado.
Raphael pediu licença para a família e, segundo relata, foi para sua sala, perto de seu armário, e desabou a chorar. Depois que pensou um pouco, informou ao seu coordenador que estava disposto a pagar pelas passagens de todos.
Ele chamou a família e deu a notícia de que queria pagar as passagens integralmente, mas a menina disse que eles ainda tinham um pouco de dinheiro, então o agente precisou apenas complementar. A pequena garota ficou tão radiante com o acontecido que, por um momento, achou que ele iria junto na viagem em família. Ele explicou que apenas trabalhava ali e que não viajaria junto com sua família.
Raphael, depois de pagar as passagens, acompanhou a família até a sala de embarque, quando a criança disse que aquela era a primeira vez que viajava. Com muito carinho e atenção, o agente mostrou os aviões pousando e se lembra do olhar atento da menina, que nem sequer piscava para acompanhar a cena toda.
![“Pedi licença e fui chorar”: agente paga passagens de avião para casal surdo e filhos que caíram em golpe](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2021/01/whatsapp-image-2021-02-23-at-09.58.14-597x1024-1.jpeg)
Logo que iniciou o embarque, todos se higienizaram, seguindo os protocolos de assepsia e, de forma muito natural, abraçaram o agente todos ao mesmo tempo. Raphael sentiu toda a gratidão da família contida naquele precioso abraço.
O presidente da companhia aérea, três dias depois do ocorrido, ligou para o agente e agradeceu-lhe tudo o que ele havia feito. O homem se surpreendeu com a repercussão do caso.
Segundo ele, tentou fazer tudo da forma mais discreta possível, para que ninguém (ou quase ninguém) ficasse sabendo do que aconteceu.
Durante os seus cinco anos de experiência na empresa, Raphael revela que já ajudou muitas pessoas vulneráveis, preferindo que tudo fosse abafado. Para ele, o único objetivo é ajudar quem precisa, não fazer com que todos em volta saibam do que aconteceu. São coisas que ele guarda e de que jamais se esquecerá.
Que belíssima atitude!
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