Gênero tem sido um problema bastante complicado na cultura moderna. Os homens estão preocupados em ser demasiado femininos. As mulheres estão preocupadas em ser muito masculinas.
Não sabemos como harmonizar essas qualidades, como encarnar a energia masculina e feminina sem criar conflito dentro de nós mesmos.
A ausência dessa capacidade nos custou muito e, portanto, achamos muito valioso esclarecer as subcorrentes desta questão.
Primeiro, uma definição dessas duas qualidades inerentes.
Energia Masculina e Feminina
A masculinidade é, em última instância, uma expressão do nosso impulso inato para a força, realização e triunfo. É o que nos implora para pisar no campo de batalha quando nossos amados estão em perigo. É o que nos dá a coragem de defender o que mais valorizamos. É o que nos dá vontade de agir corretamente quando estamos na indecisão do medo.
O masculino é, em essência, o santo protetor, o justo guerreiro, o nobre soldado. Sem essa energia, a sociedade não seria nem de longe tão complexa e engenhosa como é hoje.
A feminilidade é, em última instância, uma expressão de nossa propensão inata à compaixão, à graça e à beleza. Estar no feminino é estar alinhado com a natureza. É o que nos dá a nossa ternura e sensibilidade. É o que nos leva à empatia. Ela nos permite cuidar mais profundamente daqueles que nos rodeiam.
O feminino é, em essência, a mãe segurando a criança, a suave carícia do divino.
Essa energia atua como o próprio tecido da vida humana. É a cola que nos mantém unidos. Sem a influência do feminino, não estaríamos aqui.
Agora que conhecemos a importância absoluta de ambas as qualidades, onde está o conflito?
O conflito entre o masculino e o feminino
O conflito surge quando identificamos uma qualidade como feminina ou masculina. Quando a imagem mental que temos de nós mesmos está associada puramente à energia masculina, então desmontamos a energia feminina e vice-versa.
Todos nós contemos características femininas e masculinas. Sucumbindo à falsa noção de que somos mais ou puramente um e não o outro, geramos um desequilíbrio em meio à nossa percepção.
Então, “equilibramos” essas energias parando de nos identificar internamente com um ou outro.
Não é uma questão de mudar sua identidade, é uma questão de ser inteiramente sem identidade e apenas permitir que seus processos naturais se desdobrem. Quando deixamos de lado nossa associação mental com qualquer gênero, chegamos ao nosso estado natural, que é uma fusão de masculinidade e feminilidade.
Nós contemos ambas as extremidades do espectro
Somos masculinos e femininos, mas ao mesmo tempo não somos nem um nem outro, pois são meras definições. A realidade do que somos não pode ser definida de qualquer maneira. É inteiramente ilimitada, e quando tentamos rotulá-la ou defini-la de qualquer maneira, criamos conflito.
Conflito de gênero é, então, o resultado de estarmos desconectados de nossa natureza indefinível subjacente, nosso verdadeiro eu. Quando somos difamados de nosso verdadeiro eu, tornamo-nos existencialmente desarticulados, e essa é a nossa situação atual.
Nossa mensagem é, então, simplesmente parar de tentar restringir sua natureza através da identificação como um tipo particular de pessoa. Não importa se é gênero ou não, pois o resultado é o mesmo se você se identificar como um carpinteiro ou uma pessoa de alta posição moral. Qualquer forma de identificação mental nos remove de nossa verdadeira natureza.
O masculino e o feminino andam de mãos dadas. Um é parte integrante do outro. Precisamos dessas duas qualidades, caso contrário, nossa espécie desmorona. Se não tivéssemos nossa inclinação para o cuidado, a graça e a ternura, então a vida não valeria a pena ser vivida, e se não tivéssemos nossa capacidade de proteger essas qualidades, certamente estaríamos perdidos. Feminino e masculino se harmonizam. Uma frequência corresponde à outra. Se perdemos uma, então certamente tudo se envolverá na escuridão.
Quando o masculino e o feminino se unificam corretamente, um sentimento de paz é trazido, e este é o nosso ponto mais alto como seres humanos. A paz é, em última instância, o equilíbrio dos opostos, e alinhando o masculino e o feminino, realizamos esse feito sagrado. Integrar a masculinidade e a feminilidade é tornar-se inteiro.
Artigo escrito por Samuel Kronen
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Traduzido pela equipe de O Segredo – Fonte: Raise Your Vibration Today