Quantas histórias de amor começam despretensiosas. Quantas histórias de amor pretendem e não acontecem. Quantas paixões ficam pela metade, quantos de nós amamos quem em nada quer nos amar.
Histórias, experiências, umas mais leves, outras mais conturbadas, todas serão contadas por nós ao longo da vida, algumas serão vividas por tempos longos e outras por períodos mais curtos. Nunca sabemos de onde vem o amor, ele é dessas surpresas que a gente passa a vida toda tentando adivinhar como vai chegar.
O amor chega cedo. O platônico geralmente vem primeiro, cheio de ilusões, descobertas e corações palpitantes. E depois dele vivemos tantas variedades de amor, tantos sonhos e todos eles são eternos e duram o que devem durar.
Convenhamos, alguns poderiam até durar um pouco menos, mas não há tempo perdido, só há tempo vivido. E a vida é cheia de amores, alguns vem, outros vão. Alguns escolhem cedo passar o resto dos dias com alguém. Outros de tempos em tempos escolhem alguém para querer pelo resto dos dias. E é pra sempre naquela intensidade, não há mentira naquele olhar.
E tantos amores sofridos, mal correspondidos ou não correspondidos. Ah, fora aqueles momentos onde nós não correspondemos. Nós que sofremos algumas desilusões e queríamos só a “sorte de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida”, como já cantava Cazuza.
Mas um dia aparece alguém. Esse alguém é legal. Esse alguém divide horas de riso e deleite com a gente. Mas o coração não aqueceu, nem acelerou. Não há nada de errado, gostamos da leveza daqueles encontros despreocupados.
Gostamos dessa leveza do momento presente. Algumas palavras soltas assustam, parece que no outro lado a energia mudou. Ignoramos as palavras, passamos para o agora e ainda parece divertido.
Uns dias passam ilesos. Outros as dúvida surge “é pra ficar aqui? É pra sair? O que tá acontecendo que o coração não quer se apaixonar? Ai, mas a oportunidade parece bacana? Onde é que compra sentimento, gente?”
Os pensamentos são dos mais curiosos, porque a gente gosta mesmo é de procurar justificar o injustificável. A gente sofre por nada. A gente sofre por uma promessa que nunca fizemos, não há como prometer brotar amor e paixão no coração. Não há como prometer que ao abrir as portas da vida para alguém, essa mesma jamais se fechará.
Não há como prometer que ao deixar alguém entrar em nossas vidas, essa pessoa sempre ficará. Não há como abrir um coração e abrigar alguém dentro. E aí você lembra daqueles amores que foram seus, mas onde você não foi deles. Esses amores com quê de impossível que aparecem na estrada da vida.
E um dia você é esse amor não possível e você lembra que também não te prometeram nada, como você não prometeu. O que se pode fazer nesse caso? Como em todos os casos: dizer a verdade.
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O que lembra o finalzinho do filme “500 dias com ela” quando Tom encontra Summer e ela está noiva, ele quer saber o porquê de não ter sido ele o escolhido e a resposta é de uma verdade dolorosa “acordei um dia e tive certeza… uma certeza que nunca tive com você”.
E é isso. Amor não é algo que possamos mendigar, inventar, ele acontece. E não há culpa em ninguém quando o amor não é desperto por aquele outro. A “regra” é só não brincar com sentimentos alheios, dizer a verdade e não fazer promessas vãs.
E os amores vão borbulhando pela estrada sendo vividos da melhor forma.
O amor é uma dança onde nunca sabemos quando vamos começar a dançar. Os pés também não sabem até quando vão rodar no baile da vida. Uns são certos, outros incertos… mas o que vale é vivê-los em plenitude. E a dança segue sempre, pois amantes jamais deixam de amar.
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