Quais são as suas confusões no amor? Saber distinguir amor, paixão e apego ainda nos causa muita dificuldade, isso é geral. Só pessoas muito conectadas com seus sentimentos e verdades interiores vão dar o parecer mais correto sobre essa questão.
É comum pensar naquela pessoa especial que passou pela nossa vida deixando a impressão que era nossa alma gêmea. Em meio a essas doces lembranças, há um turbilhão de expectativas e projeções que criamos para decorar a esfera do nosso eleito.
O amor entre duas pessoas é construído com o tempo, alicerce por alicerce. É necessário enxergar os defeitos do outro e ter segurança para mostrar os seus. É manter sua identidade e ser aceito por aquilo que é. É saber que você não precisa suprir todas as necessidades do seu amado e ter consciência que ele não poderá fazer isso por você. Você não sentirá tanta afetação diante dessa pessoa cheia de falhas, mas construirão uma parceria nobre juntos, com carinho e cuidados mútuos.
Se você não teve tempo de chegar nesse estágio com uma pessoa, provavelmente ela não era o amor da sua vida. Era uma paixão arrebatadora e o que você amou foi o desenho que você mesmo (a) fez.
Tenho uma amiga que passou vinte anos acreditando que um tal fulano era o amor da sua vida. Quando separou do marido e teve a chance de reencontrá-lo veio a decepção. Ouviu da terapeuta o seguinte: “Então quer dizer que você passou 20 anos da sua vida temperando um prato de bosta”?
Nem sempre temos a chance desse tira-teima e continuamos temperando esse prato de algo que nunca poderá ser provado e acreditando que aquela refeição seria a que cessaria totalmente a nossa fome.
Amor que é amor fica. Quando duas pessoas se amam, elas fazem dar certo. Também há aquele amor genuíno bem difícil de atingir que é amar o outro incondicionalmente. Mas para ser um sentimento real você precisa estar liberto de qualquer tipo de interesse, e isso não é fácil.
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O que às vezes chamamos de amor da vida foi aquela paixão deliciosa que fez o nosso coração palpitar como nunca. É gostoso lembrar e imaginar como seria se tivesse dado certo. Mas amor mesmo tem que ser maturado e não vai embora.
Os amores da vida ou estão juntos de nós trilhando o caminho ou estão do nosso lado, genuinamente felizes com as nossas conquistas. O amor não deixa pontas soltas.
No entanto, são as paixões mal resolvidas que volta e meia marcam presença nos nossos pensamentos. Elas vão e vem com toda a roupagem romântica que ainda revestimos nelas.
Em meio a todas essas confusões que atribuímos ao amor, o importante é saber que tudo isso é tempero (lembrando das palavras da terapeuta da minha amiga).
E o que precisamos é sentir que fomos muito bem servidos pela vida, principalmente na hora do banquete final.
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