Eliana se referiu ao comentário que a estilista venezuelana Carolina Herrera fez sobre a “falta de classe” de mulheres acima dos 40 anos com cabelos compridos.
A moda é capaz de integrar o contexto histórico e social de determinados grupos a vestuários e formas de se expressar nunca antes imaginadas. A minissaia, o biquíni, o salto alto e o batom, itens considerados comuns atualmente, mas que fazem parte de nossa história enquanto sociedade, e que são capazes de mudar completamente a maneira como cada um se sente e deseja se manifestar.
Até mesmo o corte de cabelo, tanto de homens quanto de mulheres, acompanha as tendências da moda. Porém, sabemos que elas acabam sofrendo muito mais com as pressões estéticas do que eles, por isso a quantidade de celebridades que falam abertamente sobre a emancipação feminina tem crescido, principalmente nas redes sociais. No dia 13 de outubro, a apresentadora Eliana, de 48 anos, publicou um vídeo no Instagram incomodada com as constantes críticas de que mulheres depois dos 40 anos não podem usar cabelos longos.
Eliana fazia menção à estilista venezuelana Carolina Herrera, que afirmou que apenas mulheres “sem classe” mantinham os cabelos compridos depois dos 40 anos. A apresentadora afirmou que ficou muito decepcionada com o comentário da designer de moda, e que não tolerava mais perceber que as pessoas continuam julgando as mulheres por suas decisões estéticas.
“Na semana passada, fui surpreendida negativamente com o comentário de uma grande figura da moda, Carolina Herrera, dizendo que ‘apenas mulheres sem classe mantêm cabelos longos após os 40’. É decepcionante saber que muitas pessoas ainda pensam dessa forma. Isso demonstra que as discussões sobre etarismo (preconceito com a idade) estão apenas engatinhando e há muito trabalho a ser feito”, disse Eliana em um trecho de sua publicação.
![Eliana se incomoda com crítica de que mulheres mais velhas não podem ter cabelos longos: “Decepcionante”](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/10/2-Eliana-se-incomoda-com-critica-de-que-mulheres-mais-velhas-nao-podem-ter-cabelos-longos-Decepcionante.jpg)
Para a famosa, todas as mulheres são protagonistas de suas próprias decisões estéticas, e ninguém pode julgá-la por suas escolhas, a não ser ela mesma. “Vamos espantar os julgamentos para longe. Sem classe, na minha modesta opinião, é olhar de maneira preconceituosa para as pessoas”, discorreu Eliana.
Comemorando os cabelos longos, curtos e, principalmente, a liberdade de cada uma ser aquilo que quiser, Eliana encerrou o post. Nos comentários, famosos e anônimos se alternaram, em sua maioria, concordando com o posicionamento da apresentadora de que as mulheres precisam se perceber livres para tomarem as próprias decisões, sem que pressões estéticas definam aquilo que devem ou não fazer.
Confira a publicação abaixo:
Etarismo: o que é?
A apresentadora Eliana disse em sua publicação que as “discussões sobre etarismo” ainda estavam apenas engatinhando, e que as pessoas tinham muito trabalho a fazer. Afinal, o que é esse tal de etarismo? Se você acompanha celebridades como Cláudia Raia, por exemplo, já deve tê-la visto falando em algum momento sobre o assunto, mencionando o etarismo ou idadismo em seus discursos sobre o envelhecimento feminino.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o idadismo ou etarismo é o preconceito em relação à idade dos indivíduos. De acordo com relatório publicado no ano passado pela OMS, estima-se que uma a cada duas pessoas no mundo tenham atitudes discriminatórias que pioram a saúde física e mental de pessoas idosas, reduzindo sua qualidade de vida. “A discriminação em relação a pessoas mais jovens e mais velhas é prevalente, não reconhecida, desafiadora e tem consequências de longo alcance para nossas economias e sociedades”, revela a secretária-geral adjunta de Coordenação de Políticas e Assuntos Interinstitucionais do Departamento de Economia e Assuntos Sociais da ONU, Maria-Francesca Spatolisano.
Entre as pessoas idosas, o preconceito está diretamente relacionado a uma piora na saúde física e mental, aumentando o isolamento social e a solidão, vulnerabilidade econômica, diminuição da qualidade de vida e, consequentemente, morte prematura. Os especialistas ainda acreditam que cerca de 6,3 milhões de casos de depressão no mundo estejam ligados ao envelhecimento.