Antes pouco falada, nos últimos anos a assexualidade está cada vez mais compreendida em nossa sociedade.
Não é tão incomum encontrar pessoas que se identificam com essa orientação sexual. Até mesmo na televisão temos vistos personagens que representam esse grupo.
Quanto maior a popularização da assexualidade, mais importante se torna a missão de combater os preconceitos e falta de informação acerca dela, para que as pessoas estejam cada vez mais conscientes sobre a sua definição e aprendam a respeitar aqueles que se identificam com ela.
Ao longo desse texto, esclareceremos os principais pontos relacionados à assexualidade, ajudando a sanar esclarecendo dúvidas comuns sobre essa orientação sexual e oferecendo uma visão generalizada sobre esse tema.
O que é assexualidade?
Primeiro de tudo, é importante esclarecermos o que realmente é a assexualidade, visto que muitas pessoas não possuem o conhecimento básico sobre ela.
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A assexualidade é uma orientação sexual em que existe a falta total, parcial ou condicional de atração sexual significativa por outras pessoas. As pessoas assexuais, de um ponto de vista geral, não têm interesse e nem sentem a necessidade de praticar sexo.
Essa falta de interesse nas relações sexuais existe independente do sexo biológico ou gênero.
No entanto, é fundamental que se compreenda a assexualidade como uma identidade válida, que não deve ser confundida com questões relacionadas à saúde, hormônios ou trauma.
Pessoa assexual ou pessoa assexuada: qual o certo?
Você pode ouvir ambos os termos para se referir a indivíduos que se identificam como assexuais. No entanto, o mais aceito pela comunidade é “pessoa assexual”, isso porque ela tem a mesma construção lógica usada em outras orientações sexuais, como heterossexual, homossexual e pansexual.
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O termo “pessoa assexuada” é menos utilizado, mas ainda é encontrado em alguns contextos. Se você estiver em dúvidas sobre qual a maneira ideal de se referir a uma pessoa dessa comunidade, pergunte a ela como prefere ser tratada.
É fundamental que o respeito venha antes de tudo.
Subclassificações da assexualidade
A assexualidade é um espectro e, como tal, existem diferentes formas e experiências dentro desse espectro. Algumas subclassificações da assexualidade incluem:
Assexuais românticos: São pessoas que não sentem atração sexual, mas ainda podem experimentar atração romântica por outras pessoas. Os assexuais românticos podem ser:
- Pessoas inspiradoras: Cientista que salvou a Arara Azul da extinção
- Homorromântico: quando se interessam por pessoas do mesmo sexo;
- Heterorromântico: quando o seu interesse é voltado para pessoas do sexo oposto;
- Birromântico: quando a pessoa tem interesse em parceiros de ambos os sexos;
- Panromântico: quando ela tem interesse romântico pelo ser humano de forma geral, sem fazer distinção de gêneros.
Assexuais arromânticos: São pessoas que não sentem atração sexual nem atração romântica por outras pessoas.
Demissexuais: São pessoas que experimentam atração sexual somente após o desenvolvimento de um forte vínculo emocional com alguém.
Gray-A: É um termo utilizado por pessoas que se encontram em algum lugar entre a assexualidade e a sexualidade plena, ou seja, podem experimentar atração sexual de forma ocasional ou em certas circunstâncias específicas.
Assexualidade, falta de libido, celibato e abstinência: é tudo a mesma coisa?
Não, esses termos não são sinônimos. A assexualidade refere-se à falta de atração sexual, enquanto a falta de libido é uma questão relacionada ao desejo sexual ou à excitação física.
Já o celibato é uma escolha consciente de não se envolver em atividades sexuais, geralmente motivada por razões religiosas, filosóficas ou pessoais. A abstinência, por sua vez, refere-se a períodos de tempo sem atividade sexual.
Como saber se sou uma pessoa assexual?
Descobrir e compreender sua orientação sexual é um processo pessoal e individual. Se você está se questionando sobre sua assexualidade, é importante fazer uma reflexão honesta sobre seus sentimentos e atrações (ou falta delas). Considere suas experiências passadas, sua falta de interesse sexual ou a ausência de atração sexual em relação a outras pessoas. Ouvir relatos de outras pessoas assexuais também pode ajudar
Como se adaptar à assexualidade
Se você descobriu que é assexual há pouco tempo e não está passando por dificuldades para reorganizar a sua vida, os conselhos que deixamos abaixo podem te ajudar a colocar a sua mente no lugar.
- Busque conhecimento acerca da assexualidade: a internet está cheia de informações sobre essa orientação sexual. Você vai encontrar desde publicações científicas até voltadas para o lado psicológico, e em todas elas poderá aprender algo novo. Os grupos de apoio e comunidades online também são muito úteis, pois te conectar com outras pessoas assexuais;
- Defina limites claros: Antes de se envolver romanticamente com outra pessoa, seja sincero e claro com ela sobre a sua orientação sexual e os seus limites dentro de um relacionamento. Isso é importante para que ambos estejam alinhados e construam uma relação positiva para os dois lados.
- Não se martirize: Se culpar pela sua orientação sexual apenas te faz infeliz. Ao invés disso, abrace sua identidade. Entenda que a assexualidade não te faz inferior a ninguém e nem indigno de amor. Viva com autenticidade e não se sinta limitado por ela.
Considerações finais
Para finalizar esse texto, é importante esclarecer que a assexualidade é uma condição válida e que todas as pessoas que se identificam com essa orientação sexual merecem respeito e liberdade para viver o amor da maneira como bem entendem.
Se você estiver encontrando qualquer dificuldade em se adaptar, procure a ajuda de um profissional. Ele te oferecerá apoio e suporte adequados durante esse momento.
*Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, profissionais de psicologia e outros especialistas.