Ao estudar Bert Hellinger, cada dia mais conseguimos perceber quão profunda é a abordagem da Constelação Familiar aplicada a nós mesmos.
Um dos textos que li recentemente diz que algumas pessoas se diferem das massas por um único traço: sua capacidade de assumir as consequências dos próprios atos e, com isso, a capacidade de agir.
O que isso tem a ver com relacionamentos? Tudo.
Quando entramos em um relacionamento procurando um motivo para dar errado, encontramos. Mesmo que inconscientemente, e esse é o ponto e a visão da Constelação Familiar.
Pode ser que na superfície nós achamos que estamos escolhendo uma coisa, mas no fundo escolhemos outra. Então, se estou ligada a uma história da minha família, se minhas antepassadas sempre tiveram problemas com relacionamentos abusivos, inconscientemente eu posso estar procurando repetir o mesmo padrão.
Para sair dessa repetição, só quando trazemos tudo o que estamos ligados à consciência e, então, decidimos nos modificar.
Acontece assim: algumas vezes acreditamos que aquela pessoa não é exatamente a que queremos para nós, mas estamos tão carentes, que é a que apareceu, então, “vamos tentar”.
Só que, inconscientemente, sentimos que gostamos mais da nossa liberdade do que de estar com alguém que não nos encanta totalmente. Ou, então, percebemos que aquela pessoa com quem estamos não nos trata tão bem, mas é melhor estar com ela do que sozinha.
E, assim, vamos empurrando com a barriga e nos autossabotando, evitando tomar decisões difíceis de términos, enquanto vivemos relacionamentos que não nos dão prazer e completude de verdade. Vivemos com algumas migalhas e seguimos reclamando, achando que poderia ter sido diferente.
Enquanto não mudarmos aqui, dentro de nós mesmos, encontraremos as mesmas histórias, apenas em rostos diferentes.
E, então, está disposta a escolher histórias novas para contar?
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