Considerada uma das atrizes e cantoras mais famosas do mundo, essa é a história de como um ícone se “casou” com a carreira e acreditou que nunca encontraria um amor.
Poucos artistas são tão respeitados em Hollywood e pela classe artística em geral quanto Barbra Streisand. Antes mesmo de completar 30 anos, já era considerada uma atriz de sucesso, e atualmente é uma das poucas profissionais que receberam os prêmios Emmy, Grammy, Oscar e Tony. Sua potência nunca foi neutra, considerada feminista e politizada, muitas vezes foi colocada na posição de “difícil” ou de “complicada”.
Mas a famosa nunca abaixou a cabeça, e se atreveu a subverter as regras da sociedade da época, colocando a si mesma e a carreira em primeiro lugar. Nascida em 1942, Barbra deu início à vida no ramo artístico fazendo apresentações em clubes noturnos e teatros, e três anos depois, fez sua estreia na televisão estadunidense, além de lançar um disco, já que uma de suas paixões era cantar.
Em 1963, foi o ano em que também se casou com o ator Elliott Gould, pai do seu primeiro e único filho, Jason Gould. Ficaram juntos até o início de 1969, e um dos maiores motivos da separação do casal foi atribuído ao “casamento” de Streisand com a profissão. Segundo reportagem do InStyle, ele contou que era difícil disputar atenção com o sucesso que ela fazia, e que eles não cresceram juntos, e sim ela cresceu mais do que como marido e mulher.
Streisand, por sua vez, falou abertamente ao The Guardian sobre o casamento, explicando que não poderia ter ficado naquele relacionamento, já que nunca conseguiria desempenhar o papel que ele esperava. “Eu tinha que ser capaz de me encontrar, ser capaz de ser eu mesma. Não podia me deixar viver em um molde”, explicou a atriz.
Foi nessa época que Barbra adquiriu a fama de “ambiciosa” na imprensa, como se a sede pela fama tivesse ofuscado o relacionamento dos dois. O divórcio foi oficializado apenas em 1971, ano em que a celebridade passou a se relacionar com outros profissionais, mas sem nenhum envolvimento profundo.
A carreira em constante ascensão e adaptação de Barbra seguiu rumo ao topo, e a atriz conseguiu fazer com que tanto as atuações quanto os discos tivessem o mesmo nível de impacto e sucesso. Na vida pessoal, ela se envolveu com o produtor Jon Peters, em 1973, chegou a morar junto com Richard Baskin, de 1983 a 1987. De 1983 a 1989, ela se relacionou com os atores Richard Gere e Clint Eastwood. Entre 1989 e 1991, ela namorou o compositor James Newton Howard.
Até meados da década de 1990, Streisand ainda se relacionou com Liam Neeson, John Voight e Peter Weller, além do tenista 28 anos mais jovem, Andre Agassi. O atleta chegou a dizer em uma reportagem ao Daily Star que namorar a celebridade era o mesmo que se “vestir com lava quente”.
- Famosos: Chitãozinho e Xororó rebatem Zeca Baleiro sobre não assistir ao show: ‘Iria se surpreender’
Se os relacionamentos da atriz não eram “bem-sucedidos” como todos esperavam, isso mudou em 1996, quando completou 55 anos. Os dois se conheceram de um jeito inusitado, um encontro às cegas organizado por amigos em comum. Como já estava acostumada a relacionamentos de curta duração, ela acreditou que com o ator James Brolin, na época com 56 anos, não seria diferente.
Em entrevista ao LA Times, Streisand conta que começou a se envolver com Brolin por razões platônicas, mas conforme conviveram, um amor verdadeiro surgiu. Casaram-se em 1998, em Malibu, na Califórnia, mesmo sob as desconfianças de amigos e da mídia de que daria certo, mas a forma como eles se completam mostrou-se ser mais forte do que qualquer crítica.
Assim que se casaram, Barbra e James resolveram se afastar o máximo possível da imprensa, lidando com ela apenas em momentos de necessidade, como no lançamento de trabalhos e aparições públicas. Preferiram cultivar uma rotina calma e tranquila, permanecendo longos períodos na cama, lendo em voz alta e fazendo coisas simples.
Em uma entrevista à revista People, Brolin explicou que ele tem uma personalidade capaz de tranquilizar as mulheres com quem se envolve, enquanto Barbra faz com que ele faça coisas que, naturalmente, não faria. Esse equilíbrio entre estar em paz e fazer coisas novas, juntos, foi o que fortaleceu a união, que já completou 24 anos e só aumenta.