Nascemos com quase nada, além de poucos reflexos e uma única ferramenta de mediação ao vasto mundo, a capacidade reguladora de se adaptar, atualizar e (sobre)viver.
Até a morte, é uma constante de assimilação, acomodação, adaptação e satisfação das necessidades, nessas configurações, ou formas, do dia-a-dia, esse ciclo se repete e repete, tornando-o complexo e de inúmeras necessidades para ser resolvidas.
Na vida adulta, muitas vezes, a percepção é de muitos problemas e necessidades, e poucas delas resolvidas, embora essa experiência seja verdadeira, acaba-se por esquecer do que ja foi um dia.
Ao nascer, nada é além de um pedaço de carne com alguns reflexos, quantos problemas… quantas necessidades. o difícil ato da coordenação motora, cada passo move um grupo de músculos que até então não havia necessidade para isso, o ato de aprender, aprender a sinalizar que está com fome, que está doente, aprender a andar corretamente, aprender a se comunicar usando a linguagem,imitar, simbolizar, (inter)relacionar… tantas necessidades, tantas necessidades, tanto desequilíbrio, e continua sempre procurando a melhor forma de viver, a que se ajusta melhor com o que ta acontecendo no momento da sua existência… novamente, um desequilíbrio, novas necessidades… ajustar as relações familiares, as representações e relação de poder, falar com estranhos, ir a escola, aprender a socializar, distante do “conforto” da família e do lar.
A vida nada mais é do que um papel ativo e ininterrupto deste ciclo regulador, atualizador de adaptação, é um cilo de desequilíbrio, equilíbrio.
Hoje, na vida adulta, o que foi passado durante o desenvolvimento infantil, há uma sensação de natural, que foi fácil, até tranquilo.
A única forma natural é a própria capacidade de buscar a melhor forma de viver, cada ciclo completado, é um novo ciclo começando, novas necessidades e uma sensação de que o novo, é sempre mais difícil do que ja se passou.