Recentemente, a atriz Cássia Kis foi expulsa do grupo de WhatsApp que tinha junto com os moradores de seu condomínio.
Aos 64 anos, Cássia Kis entrou em algumas polêmicas a respeito tanto do seu posicionamento político, quanto sobre falas homofóbicas durante uma live nas redes sociais. A mais recente polêmica é que a atriz foi expulsa do grupo de WhatsApp dos moradores do condomínio Ecovila Clareando, local onde mora.
Segundo informações do Notícias da TV, a expulsão de Cássia Kis do grupo de moradores foi consequência de suas falas durante uma entrevista dada à jornalista Leda Nagle no Instagram, das quais foram consideradas homofóbicas. Conforme posicionamento dos vizinhos, eles repudiavam as falas da artista, destacando que, em pleno 2022, era preciso combater veemente afirmações ignorantes e preconceituosas.
Morando em um condomínio localizado entre os municípios de Piracaia e Joanópolis, no interior de São Paulo, as atitudes de Cássia Kis, que apoiou as manifestações golpistas do governo e falas preconceituosas contra pessoas homossexuais, deixaram os vizinhos completamente irritados, o que foi contra os princípios do local.
![Após falas homofóbicas, Cássia Kis é expulsa do grupo de WhatsApp do próprio condomínio. Entenda!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/11/1-Apos-falas-homofobicas-Cassia-Kis-e-expulsa-do-grupo-de-WhatsApp-do-proprio-condominio.-Entenda.jpg)
Assim, uma votação justa aconteceu entre os moradores do condomínio, para que só então pudesse decidir se Cássia seria ou não expulsa do grupo. Além disso, a atriz também sofre um processo jurídico por conduta inadequada, sendo expulsa do grupo do condomínio Vale ressaltar também que as falas de Cássia Kis podem piorar a situação da comunidade LGBTQIA + no Brasil.
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Falas homofóbicas durante live
Na live polêmica, Cássia Kis fez um discurso dizendo que as relações homoafetivas estariam “destruindo a família”. Ameaçando as “famílias tradicionais”, a atriz falou sobre sua crença no catolicismo, afirmando ainda que o mundo estava levando ameaças para a família brasileiras, especialmente pela existência de “ideologia de gênero”. Outra coisa dita por Cássia é que havia um espaço chamado “beijódromo” dentro das escolas, onde as crianças se relacionam, entretanto, não apresentou nenhuma prova do fato.
![Após falas homofóbicas, Cássia Kis é expulsa do grupo de WhatsApp do próprio condomínio. Entenda!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/11/2-Apos-falas-homofobicas-Cassia-Kis-e-expulsa-do-grupo-de-WhatsApp-do-proprio-condominio.-Entenda.jpg)
“O que está por trás disso? Destruir a família. Destruir a vida humana? Porque onde eu saiba homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho. Como a gente vai fazer?“, questionou Cássia Kis durante a live, destacando que apenas a mulher tem capacidade biológica de reproduzir.
Comunicado dos vizinhos de Cássia Kis:
“Ao tomarmos conhecimento, por meio da mídia, das declarações da Sra. Cássia Kis, nós os moradores/proprietários signatários do Ecovia Clareando, local onde ela também possui residência, vimos a público externar nosso mais profundo repúdio às ofensas proferidas em live à jornalista Leda Nagle, contra pessoas com orientações sexuais ou de gênero diversas, ocasião em que a Sra. Cassia relacionou a existência de homossexuais à destruição das famílias.
Por sermos uma comunidade intencional, mantemos direcionamentos de preservação à vida, manifestos em nosso Estatuto e Manual de Acordos Comunitários, que disciplinam a convivência em nossa comunidade. Logo, tal preconceito se posiciona em completo desalinho com a nossa, com nossos valores de respeito a toda e qualquer existência.
Além disso, entendemos que tais discursos, extensamente publicizados pelas mídias e redes sociais, proferidos por pessoas com influência nos meios de comunicação, como é o caso da Sra. Cassia Kis, reforça o preconceito contra a comunidade LGBTQIA+, já tão forte e muitas vezes fatal em nosso país.
Infelizmente, em pleno 2022, ainda precisamos combater veementemente afirmações repletas de ignorância, preconceito e discriminação. E, apesar do desgaste e tristeza por debater temas tão elementares, reafirmamos o óbvio –o direito de amar, o direito de se casar e, sobretudo, o direito de existir–, o fazemos agora, e faremos sempre que necessário.
Portanto, os moradores/proprietários da Ecovila Clareando, por meio deste manifesto, reafirmam o respeito às individualidades de seu coletivo, o respeito para que cada um exerça em sua plenitude o direito inalienável de viver e de amar, sem racismo, homofobia, capacitismo, misoginia, preconceito de religião, preconceito etário, de classe social, etc. Acreditamos no poder da educação e enfatizamos que atos como esses, no seio da comunidade, podem ter consequências graves para quem decidir ir por este caminho“.
Se você presenciar um episódio de LGBTFobia denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, mulheres e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.