Doação foi feita em Clevelândia, no interior do Paraná, pelas cervejarias Insana, Formosa e SchafBier, para hospital que relatava escassez de oxigênio, com 97% dos leitos ocupados.
A pandemia tem aumentado exponencialmente o consumo de oxigênio nos hospitais que, para tratar pacientes em estado grave, precisam de cada vez mais cilindros. Em Clevelândia, no interior do Paraná, a necessidade mobilizou três cervejarias da região sudoeste do estado, que decidiram interromper uma parte da produção para doar os cilindros que tinham aos pacientes.
Foram entregues 17 cilindros, sendo três de um quilo; três, de sete quilos; e os outros 11, de 10 quilos. As cervejarias que participaram dessa doação foram a Insana, Formosa e SchafBier, que os enviaram ao Hospital Regional Estadual de Clevelândia. A capacidade máxima desse hospital era de até 40 cilindros por dia, mas agora possui quase 60 para ajudar no tratamento dos pacientes mais graves.
Quem organizou a campanha foi o empresário Pedro Reis, que recebeu a informação de que o município de Clevelândia estava enfrentando dificuldades para fornecer oxigênio, então entrou em contato com a fábrica para saber o que tinha disponível para ajudar. Parte da produção foi então parada, já que o oxigênio é usado no processo de fermentação das cervejas.
Segundo Anderson Nezello, diretor da 7ª Regional de Saúde do Paraná, a escassez abarca apenas o armazenamento do produto, já que a produção segue dando conta da capacidade para atender à região sudoeste.
Todos os cilindros foram higienizados adequadamente antes da cedência. De acordo com o site UOL, Nezello explicou que o que falta são os cilindros, porque oxigênio eles possuem, por isso a campanha foi feita.
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Nezello ainda explicou que o perfil dos pacientes com covid-19, que chegam ao hospital em 2021, é muito diferente do registrado ao longo do ano passado, porque os quadros clínicos são muito mais graves, o que aumenta a demanda por oxigênio.
Até o último Boletim Epidemiológico, o município tem 1.716 casos confirmados, 106 casos ativos e 64 óbitos; dois pacientes aguardam vaga na UTI.
O diretor explica que, no ano passado, não existia uma demanda significativa nos hospitais da região, mas agora quase todos os pacientes que chegam precisam de oxigênio.
Todos os que são encaminhados para a UTI vão direto para intubação, o que pegou a todos de surpresa, já que Nezello explica que não se produz cilindros da noite para o dia.
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O Paraná registrou 3.283 casos novos nas últimas 24 horas, totalizando 840 mil casos. Foram confirmadas ainda 232 mortes, totalizando 16.522. Os números são altos e o estado volta a registrar números de mortos acima dos 200, em faixa etária que varia de 22 a 101 anos, e acende um alerta na região.
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