Se você estiver passando por uma fase difícil na vida afetiva por exemplo e não sabe se deve terminar ou tentar renovar o relacionamento, se você está com um problema na família e não sabe o que fazer, se você não sabe o que fazer de sua vida profissional ou está enfrentando uma crise de qualquer tipo ou apenas uma situação desconfortável, quanto mais você se esforçar para procurar aqui e ali, pesquisar, perguntar, questionar, mais você estará buscando fora, em situações, pessoas, locais, fórmulas, aquilo que só você mesmo pode alcançar através de algo denominado entendimento sincero.
O que é entendimento sincero? É quando a pessoa se despe de toda a busca exterior e passa a adotar uma postura de “paz” com a situação e consigo mesma e a partir dessa paz começa a surgir um estado propício a captação de sinais, intuições, situações favoráveis, e dai o entendimento necessário para a ação mais adequada surge, porém aprendemos que quando algo está fora da formatação de conforto a qual desejamos, então, isto é um PROBLEMA que deve ser RESOLVIDO a partir de uma busca ansiosa por uma RESPOSTA que trará um RESULTADO que cause conforto, ou seja, que esteja compatível com nosso ideal de situação prazerosa.
O que acontece é que por mais livros de autoajuda ou conceitos espirituais que alguém leia, onde vários mestres alertam sobre o poder do AGORA muitos poucos sabem o que isto significa. O poder do AGORA não é algo para budistas ou apreciadores de meditação, mas sim para todos que desejam ter o poder de direcionar suas vidas a partir da VERDADE e assim obter os resultados visíveis e invisíveis que a paz interior pode trazer. Sei que você já leu muita conversa sobre caminho do meio, paz interior e autoconhecimento e que tudo parece muito bonito e que você pode até mesmo ter acreditado que domina o assunto de alguma forma, mas então, porque se aflige tanto com aquele assunto? Porque o dia a dia parece tão pesado e porque sua ansiedade acaba por dominar suas ações e emoções?
Quando você enfrentar uma situação difícil, a qual você considera problemática, talvez seja importante que primeiro você ressignifique a situação: “já entendi que estou aprendendo algo aqui e que esta situação não precisa ser traumática, não preciso contribuir com mais energia de culpa, ansiedade ou tristeza aqui. Entendo que este é um desafio que me parece grande pois se não fosse assim, então não seria parte da minha experiência e sim de outra pessoa. Tenho aqui uma chance de me lapidar incrivelmente vivendo o que esta experiência deseja me indicar, me proporcionar, mas não desejo estender esta experiência desconfortável e sim, cooperar com o que a vida quer para meu desenvolvimento.”
Logo após esta compreensão, é preciso que você FIQUE. FIQUE na situação. Não fuja, não saia correndo, pedindo conselhos, se refugiando em pensamentos que negam o que está vivendo, procurando todo e qualquer tipo de orientação, lugares, pessoas, hábitos, porque quando você faz isso acreditando que está “tomando ações para eliminar a questão problemática”, está na verdade se enrolando no emaranhado de dúvidas e se deixando enebriar pela rede de ilusão que a fuga de si mesmo traz. Você não precisa ficar com a sensação de: “mas não vou fazer nada? Vou deixar isso que é tão ruim acontecendo?” Claro que não. Mas se você está em dúvida e procura desesperadamente refúgio em orientações externas, pensamentos de culpa, de remorso, de vitimização, você estará sim criando mais e mais daquela realidade.
Um exemplo é de uma pessoa que sente-se oprimida na relação, desgastada e violentada verbalmente pelo parceiro, mas possui dúvidas quanto a separação devido à idade dos filhos. Para alguém que vê de fora esta pessoa tem algumas opções que parecem sensatas a serem tomadas, como conversar abertamente com o parceiro sobre o que sente e a partir disso perceber se há ainda formas de reestruturar a relação, para outra pessoa esta situação é algo que deve ser cortado logo, para outro ainda a posição de mulher solteira não ficaria bem na família e é a coisa mais importante a ser feita, e para uma quarta pessoa ela deveria esperar, segurar firme, até os filhos crescerem para que tome uma decisão. Serão infinitas análises sobre o caso e qual dessas está correta? Somente a pessoa que vive a situação pode saber!
Somente a escolha mais compatível com ela mesmo pode ser a certa, e nesse caso ao ouvir tantas vozes, tantas opiniões em busca de algo que só pode vir de sua própria percepção que o único caminho é a interiorização verdadeira, a aproximação da mulher com ela mesma, e isto pode acontecer em momentos de silêncio e entrega a sua voz interior ou no dia a dia, conservando-se centrada e fiel a suas percepções da situação que vivência, somente assim entrará no que chamamos de entendimento sincero e a partir dai a decisão virá, não sem inconvenientes do passo a passo que toda resolução exige, mas sim da melhor forma possível pois nesse quadro não há luta contra si mesmo, e sim uma abdicação da dúvida e da aflição em prol da conexão consigo.
O que isto exige é uma prática diária e uma tremenda força para quebrarmos os grilhões do hábito de recorrer a todo tipo de interferência, precisamos de um esforço realmente grande para nos tornarmos suficientemente disciplinados e habituados a nos voltarmos para nós como comandantes de nossas decisões e experiências e para este caminho é extremamente necessário que a pessoa muitas vezes passe por situações que a façam ser quase que forçada a realizar este retorno, e quando este momento acontece a própria pessoa (que sempre negligenciou a si mesma e favoreceu a interferência de todos em seu mundo mental, emocional e na criação de suas experiências) passa a sofrer em demasia procurando fugir mais e mais da situação que deseja de forma gritante levá-la ao encontro de si mesma.
Na crise, no desafio, o centramento é a arma dos fortes e as dúvidas e aflições são estados que puxam interferências externas de ordem ainda mais problemática. Aprenda a não ser invadido, não peça para ser comandado, não alimente a situação indesejada por se unir a dúvidas, culpas, medos de fracasso ou de dor. O centramento é uma prática de voltar-se para si e quando a pessoa viveu uma vida de baixa autoestima e desvalorização pessoal pode ser um retorno demorado, doloroso ou mais complexo mas ainda sim toda experiência é apresentada para que seja superada através do que esta lhe pedir. Ouça o que este momento pede de você nesta situação difícil e coopere através de seu centro, aprenda a ser seu próprio guru pois será o melhor e mais gratificante encontro que você terá tido em toda sua vida.
O vídeo abaixo conta com explicações objetivas sobre como realizar este acesso à sua própria sabedoria interior e entender a verdadeira forma de dissipar a negatividade!