Jade e Jill já haviam terminado a refeição e tomavam um café, enquanto suas filhas de sete meses brincavam com a comida. O comportamento dos bebês irritou o chefe, que expulsou as mulheres!
Quem tem filhos pequenos sabe bem das dificuldades de levar as crianças para um supermercado ou restaurante, e só de imaginar os olhares de reprovação analisando seu nível de firmeza na maternidade dá arrepios. Muitas famílias deixam de sair com suas crianças porque sentem medo de serem repreendidas por conta do comportamento delas, caso chorem ou façam “birra”.
Com isso, muitas famílias vão se isolando com seus filhos, tirando-os dos espaços públicos, como se fossem proibidos de frequentá-los pelo simples comportamento infantil. Esperam que pequenos bebês se comportem melhor do que adultos, que muitas vezes são mais barulhentos e irritantes do que as próprias crianças.
É triste perceber que o mundo não aceita que crianças sejam crianças, que chorem quando se sentirem frustradas, que se joguem no chão do mercado de cansaço, que façam “bagunça” com a comida, porque estão simplesmente descobrindo texturas e sabores, além de não terem uma coordenação motora preparada para comer sem derrubar os alimentos.
No Reino Unido, um caso bem complexo aconteceu com duas mães que almoçavam com suas filhas em um restaurante. Jade Barret, de 31 anos, e Jill MacDonald, de 35, foram passear com suas bebês de sete meses, Blythe e Rosa, e decidiram parar no restaurante The Vine, para almoçar. Infelizmente, elas foram surpreendidas pelo chefe de cozinha, que as humilhou publicamente e lhes pediu que fossem embora do local.
As mães chegaram a chorar por conta do discurso ofensivo e humilhante de Colin Blair, o chefe de cozinha do estabelecimento. Elas foram insultadas porque seus bebês de sete meses teriam feito sujeira e bagunça demais no local, deixando cair comida no chão.
Em entrevista ao Daily Record, Jade explicou que elas haviam acabado de almoçar e estavam tomando um café. As meninas haviam ficado um pouco inquietas nos cadeirões altos, porque ainda não conseguem ficar sentadas nelas por muito tempo, algo comum para a idade. Foi quando as mães decidiram deixar que as pequenas ficassem um pouco na mesa, enquanto elas acabavam a bebida e conversavam um pouco mais.
Ambas sabiam que os bebês haviam jogado comida embaixo da mesa, um pouco de panqueca e bolinhos que haviam comido, e planejavam limpar antes de sair. Quando se deram conta, um homem chegou à mesa e começou a gritar com as duas, ele nem sequer se apresentou, apenas disse que aquilo era chocante e desrespeitoso.
Disse que ambas haviam deixado as crianças jogarem comida no chão, mas que elas passaram dos limites, colocando-as na mesa, algo que considerava vergonhoso. Blair exigiu que as duas fossem embora do restaurante e nunca mais voltassem. Jade conta que, nesse momento, se sentia tão humilhada, que apenas começou a chorar.
Blair lhes pediu que saíssem e nunca mais voltassem, e que nem precisavam pagar a conta, desde que fossem logo. Então, o chefe saiu do restaurante. Jade conta que nunca havia sido tratada dessa forma, que todos os clientes e funcionários presenciaram a cena, sentindo-se constrangidos também.
A gerente do Vine se aproximou das amigas, que irromperam em lágrimas, e lhes pediu desculpas. Disse que não sabia o que dizer a elas, e pediu que, por favor, não ficassem tristes, ofereceu-se para conversar e ouvir as reclamações delas, mas a situação era tão humilhante, que as mães preferiram apenas sair dali o mais rapidamente possível, com suas filhas.
Jade, inconformada com a situação, postou sua experiência no Facebook, e teve mais de 1.500 comentários. A maioria das pessoas ofereceram apoio e ameaçaram parar de frequentar o local, mas outras pessoas perguntaram por que elas não reclamaram formalmente no restaurante.
A mãe se pergunta: para quem dirigiriam a reclamação, já que Blair, além de chefe, é um dos donos do restaurante? As amigas acreditam que, se estivessem na companhia de seus companheiros, isso não teria acontecido.
Muitas das coisas por que as crianças são cobradas nem sequer podem ser feitas, porque elas simplesmente não têm desenvolvimento cognitivo e emocional para aquilo. Ou seja, elas não são maduras o suficiente para agir como os adultos esperam, e isso não é uma forma de desafiar as regras ou testar os limites de ninguém, elas só não estão preparadas mesmo.
Jade se pergunta qual seria o impacto daquela humilhação, se tivesse acontecido com uma jovem mãe que sofre de depressão pós-parto. Além de desnecessário, as crianças têm passado a maior parte do tempo confinadas em casa, enquanto os locais para adultos seguem abertos, passando a ideia de que o mundo não deve ser ocupado pelas crianças.
Colin Blair se desculpou pelo que chamou de incidente e entrou em contato com Jade para falar sobre o assunto. Ele disse que lamenta profundamente o ocorrido, disse que é pai e avô, além de ser proprietário de uma empresa familiar, sendo que o mais importante é o bem-estar de seus clientes.
Um porta-voz da família Blair disse que isso não deveria ter acontecido e que não existem desculpas, prometendo que todos vão aprender com os erros para, futuramente, não insistir nesse erro.
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