Quando nossas mães se vão, é nossa responsabilidade cuidar da própria saúde, do próprio caminhar de maneira exemplar, assim como sempre fizeram.
“Quem dera se as mães fossem eternas”. Com certeza, esse pensamento já passou pela sua mente pelo menos uma vez, se você é filho de uma mulher dedicada, apaixonada pela família e que sempre deu o seu melhor para atender às suas necessidades e lhe garantir um caminho muito mais feliz e bem-sucedido do que o dela.
Ter uma boa mãe é algo que marca nossa vida para sempre, porque esse relacionamento é a base para todos os outros nossos vínculos.
Quando temos uma mãe madura e sábia, que nos ofereceu uma criação emocionalmente saudável e sempre nos amparou, mesmo nos nossos piores erros, é natural que nos apeguemos profundamente a elas, até mesmo tendo dificuldade de seguir nossos caminhos como adultos, quando chega a hora.
Essas mães são a maior referência de segurança e amor incondicional que temos, e a companhia delas faz com que nos sintamos mais fortes e capazes de lidar com tudo que precisarmos.
No entanto, algo para o qual precisamos estar preparados, embora não gostemos nem de pensar, é a sua partida. As mães não são eternas, elas são presentes de Deus para nós, anjos que nos guiam pelos caminhos certos e que nos abençoam com muito amor, cuidado e empatia. Elas são tão especiais, que muitas vezes Ele as recolhe para tê-las ao Seu lado, deixando-nos a missão de conduzir a própria vida com tudo aquilo que aprendemos com elas.
Muitas vezes, antes que isso aconteça, entretanto, Ele nos dá a oportunidade de passar mais um tempo ao seu lado, dessa vez não apenas como filhos, mas também como pais e cuidadores de nossas mães.
Recebemos a oportunidade de atuar como protagonistas dos últimos anos de vida dessas mulheres tão maravilhosas e cheias de qualidades, podendo retribuir a elas todo o amor, atenção e carinho que sempre nos dispensaram.
Temos o grande privilégio de ampliar a nossa definição pessoal de amor incondicional sentindo um pouco daquilo que elas sentiam diariamente, quando nos cuidavam e garantiam que cada pequena parte de nossas vidas acontecesse da melhor maneira possível.
É claro que essa não é uma missão fácil, afinal ninguém está preparado para se tornar uma nova versão das pessoas que mais admiramos e ter de presenciar os últimos momentos desses anjos aqui na Terra. No entanto, no futuro, quando não tivermos nada além da saudade, nós nos daremos conta de que esse foi um dos maiores presentes que já recebemos de Deus ou da vida.
Portanto, ainda que seja um desafio diário conviver com a certeza de que está chegando o momento de se despedir, é preciso encarar a rotina de cuidado com nossas mães de maneira natural e positiva, cuidando não apenas delas, mas de nós mesmos.
Embora tenhamos de passar tempo ao seu lado, não é certo pararmos totalmente as nossas vidas em função desses últimos momentos, isso não nos fará bem em médio e longo prazos, e não é o que as nossas mães desejariam para nós.
Negar o que está acontecendo como uma maneira de nos proteger da dor da partida também não é o ideal, porque isso apenas nos afastará da realidade e despertará o remorso quando a ficha cair.
Podemos — e devemos — buscar um equilíbrio nesse momento, cuidando e acompanhando nossas mães com todo o amor e usando as circunstâncias como lições, a fim de aproveitar cada segundo ao lado das pessoas que amamos.
Cuidar das nossas mães como elas cuidaram de nós não é uma tarefa simples, mas com certeza é uma das que nos trarão os maiores aprendizados.