É comum ver o galo ciscando com seus filhotes e cedendo suas asas para que eles se aconcheguem no entardecer.
Sempre esperamos que os pais assumam suas responsabilidades e dividam a carga de cuidar dos filhos e da casa de forma igualitária, de maneira que 50% do peso saia das costas da mulher. Mas, no reino animal, nem sempre é isso que acontece pois, como os bichinhos continuam guiando suas vidas apenas pela imposição hormonal, sem muito raciocínio, a divisão das tarefas entre machos e fêmeas é secular.
Não é normal, no mundo das aves, encontrar um galo que cuide de seus filhotes, esse trabalho é majoritariamente conduzido pelas galinhas. Mas um curioso caso aconteceu em Montes Claros, interior de Minas Gerais. Depois que uma galinha morreu, os três pintinhos foram totalmente acolhidos pelo pai, o galo, que a substituiu plenamente.
Segundo o G1, Maria Margarete Maia, que vive na Fazenda Sapé, explica que a galinha, infelizmente, adoeceu e morreu, foi quando o galo decidiu assumir os cuidados dos pintinhos, isso continua do mesmo jeito, há três meses, desde que a mãe faleceu.
O “superpai”, como vêm chamando o galo, costuma ciscar junto com seus filhotes, durante o dia e, ao entardecer, oferece suas asas para que os pequenos se refugiem. O papel de proteção e cuidado foi totalmente absorvido pelo pai, mesmo que isso seja incomum na natureza de um galo.
Fernando Mendes, extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), explica que casos como o do “superpai” são raríssimos. Especialista em pequenos animais, Fernando especula que a curiosa situação pode ter relação direta com uma disfunção hormonal.
Essa disfunção hormonal produz mais hormônio feminino no galo, o que pode causar essas reações de superproteção e cuidado, mais naturais nas fêmeas.
Nas galinhas, segundo Fernando, a mesma disfunção pode acontecer, fazendo com que uma quantidade maior de hormônio masculino seja produzida em seu organismo, diminuindo essas qualidades maternas mais visíveis.
Segundo o extensionista, alguns especialistas atribuem essa alteração no comportamento às questões hormonais dos galos, principalmente em idade mais elevada, mas também pode ser um fator genético ou até mesmo algum problema nas glândulas reprodutivas do animal.
Independentemente das razões e da espécie, é bonito ver um pai cuidando da sua prole. Por sorte, os três filhotes não ficaram abandonados à própria sorte, depois que a mãe faleceu e, de quebra, estreitaram os laços com o pai.
O que achou dessa história?
Comente abaixo e compartilhe-a nas suas redes sociais!