Após 8 anos fora do ar, o CQC está prestes a retornar à televisão aberta? O programa, que contava com um elenco robusto em um formato inovador, repleto de humor ácido e críticas políticas, poderá fazer parte da grade de programação dos brasileiros novamente?
Dan Stulbach, Dani Calabresa, Danilo Gentili, Felipe Andreoli, Maurício Meirelles, Marco Luque, Marcelo Tas, Monica Iozzi, Oscar Filho, Rafael Cortez e Rafinha Bastos deixaram uma marca histórica na atração.
Custe o Que Custar era exibido pela Band em parceria com a Eyeworks, a produtora argentina do original Caiga Quien Caiga.
“Enquanto a gente estiver com todo esse patrulhamento ideológico se levando tão a sério, tão melindrosos, tão inquisidores. Todos nós estamos um pouco inquisidores na piada alheia, do comentário alheio. A gente está levando tudo a ferro e fogo. Enquanto ficar com essa coisa muito patrulhada, é impossível realmente que um programa como o CQC aconteça. Pode até voltar um dia o CQC ou um genérico, mas vai ser um programa cancelado na primeira porrada que der. A menos que dê essa porrada tocando um grande fod*-se”, disparou Rafael Cortez em entrevista a Débora Lima, do Notícias da TV.
“Para isso, tem que ter muito culhão, porque as pessoas estão muito sensíveis –e elas pedem as cabeças mesmo. Elas vão pedir a cabeça de quem fizer a piada incorreta e, se não derem a cabeça, eles vão nos anunciantes, nos contratantes. É uma escala maluca. Eu não acredito que esse fenômeno dure por muito tempo, mas o politicamente correto impede a volta de um CQC ou um programa genérico do tipo” completou Cortez sobre o humorístico que abordava debates polêmicos.
Quais eram os temas abordados e as pautas discutidas no CQC? Direitos humanos, desigualdade socioeconômica, meio ambiente, direitos LGBTQIAPN+, e descriminalização da cannabis.
Rafael Cortez revelou que recebeu propostas e foi sondado para novos projetos, no entanto, recusou os convites:
“Não aceitei porque não eram projetos importantes, apaixonantes. Eu me veria fazendo mais do mesmo! Eu tenho com a TV um critério muito definitivo. Eu fiz parte de um programa muito legal, que foi o CQC, depois tive oportunidades muito bacanas”.
“Eu tenho que honrar essa trajetória! O projeto que me fizer voltar para a TV aberta tem que ser encantador, tem que pelo menos me desafiar. Tenho que me sentir feliz, com autonomia, com liberdade e, acima de tudo, contente de estar trabalhando. A vitrine pela vitrine não me interessa! Estar na TV só por estar realmente não faz meu estilo”, concluiu o comunicador.
O formato do CQC foi transmitido em vários países, com edições próprias na Argentina, Itália, Portugal, Estados Unidos e Brasil.