Levar alguns tombos faz parte da vida. Mas é quando caímos que temos a chance de nos reerguer com mais força e coragem. – Dê asas a sua metamorfose!
Começar é difícil, mas recomeçar parece ser muito pior. É como se você tivesse que começar duas vezes a mesma coisa ciente de que algo deu errado na primeira.
A gente nunca sabe quando e como terá que recomeçar. Esse tipo de coisa ocorre com a vida nos pegando de surpresa e, de repente, num dia qualquer você acorda tendo que botar ordem na bagunça instalada.
Nessas horas damos conta do quanto vivemos imersos numa bolha colecionando manias ao longo dos anos, sendo a principal delas o costume fácil a velocidade do outro e o aniquilamento da própria identidade. Não que viver para alguém seja uma coisa ruim, mas pode sugerir um caminho árduo e doloroso quando se trata da arte de recomeçar.
Todo mundo já passou por um momento na vida da qual foi empurrado a uma transformação involuntária e, se ainda não passou esteja certo de que sua vez chegará. Não fomos educados para lidar com os sentimentos de perda. Aprendemos e nos acostumamos facilmente aos likes e o crescente número de seguidores na esfera virtual.
“Perder-se também é caminho”, dizia Clarice Lispector. Tem gente que perde o tempo, perde emprego, um ente querido, o término de um relacionamento, a confiança em alguém…
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Confiamos numa cultura em o verbo perder é associado apenas a seu aspecto negativo servindo, muitas vezes, de mantra e consolo para admitir o fracasso.
Como as borboletas que, só são borboletas ao perderem sua condição de lagartas e criarem asas para alçar voos nós seres humanos também estamos em constante evolução de nossos casulos internos.
Crescemos e obtemos autoconhecimento nos estágios de dor e sofrimento. A dor é um sentimento que nos infantiliza diante a vida.
Como as borboletas que abandonam seu casulo, nós seres humanos, estamos e vivemos numa constante metamorfose.
Imagine-se tendo que atravessar um corredor escuro sem saber o que encontrará no ponto final. Suas pernas obedecem ao comando do corpo, as mãos tateiam as paredes e sua intuição é o seu guia. Assim é a vida.
Há momentos em que você é o principal responsável por si mesmo e ninguém poderá seguir seus caminhos ou viver suas escolhas. É possível resistir, voltar, entrar em pânico e avançar, ainda que em passos lentos.
Diante do desconhecido é preciso, apenas, alimentar uma mente lúcida e não se deixar cegar pela ignorância. Como as borboletas que abandonam seu casulo, nós seres humanos, estamos e vivemos numa constante metamorfose.
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