Uma seguidora que, por ser pessoa pública, não deseja se identificar, enviou uma definição de psicopatia em linguagem bem acessível. Em tempos em que a mídia parece abundar de pessoas praticantes de Estelionato Amoroso, entender esses indivíduos é questão de sobrevivência.
Nessa página, porém, abordo características presentes em antissociais (psicopatas), mas especialmente, em narcisistas patológicos, os quais muitas vezes são tratados igualmente como psicopatas, mas são bem diferentes, não obstante o fato que suas ações sejam igualmente nefastas.
Pretendo abordar no meu livro tais diferenças.
Essa definição de psicopata foi extraída do livro “Psicopatia e Linguagem”, de José de Almeida Brites.
“Hare (1985) descreveu o psicopata como uma pessoa loquaz, volúvel, com facilidade verbal, que é divertida e capaz de apresentar-se muito bem a si própria, mostrando alguns traços de sedução pouco genuíno e superficial que o fazem parecer muito atraente e educado, com uma visão sobrevalorizada das suas capacidades e autoestima, sendo geralmente muito confiante, teimoso e arrogante; demonstra uma necessidade contínua e excessiva de novos e interessantes estímulos, e uma incomum suscetibilidade ao tédio; apresenta um forte interesse para estar onde está a ação, e fazer o que é excitante ou arriscado; mentir e ludibriar fazem parte integrante das suas interações com os outros, dada a significativa facilidade que tem de enganar e a aparente indiferença com o que faz.
Quando é apanhado a mentir, ou quando confrontado com a verdade, raramente sente perplexidade ou vergonha; destaca a falta geral de interesse pelas consequências das suas ações e não fornece demonstrações convincentes de culpa e remorso devido à sua conduta, é incapaz de descrever a subjetividade de diferentes estados afetivos, impressionando pela frieza, pela profunda falta de empatia, egoísmo e só se preocupa consigo próprio.”
A seguidora complementa:
“Eu achei que o perfil é muito bem resumido. Ao longo do livro, o autor vale-se de diversas pesquisas e conclui que os psicopatas “usam palavras mais vocais e mais apelativas, despertando no receptor uma maior atenção, eloquacidade e encantamento”. Também observa que eles “falam mais devagar”, uma vez que, como mentem muito, precisam medir o que dizem. Por fim, observa que, apesar de tais pessoas recorrerem a muitas metáforas e analogias, para garantir sempre que existam “gaps” que permitam a manipulação e o “gaslighting”, eles próprios não são capazes de entender direito o que estão falando, uma vez que não conseguem apreender os significados emocionais das palavras.
Isso levaria àquela contradição na qual eles vivem mergulhados e que enlouquecem seus interlocutores. Falo essas coisas porque na internet as mulheres seduzem-se facilmente com a linguagem poética, que é, por natureza, etérea. Esses monstros usam o duplo sentido e as lacunas de imaginação par fazer com que quem está do outro lado receba as coisas “como se fosse para ela”, ficando soterrada em indiretas e fantasias. O remédio, como você sempre diz, é apenas um: contato zero com o abusador; contato máximo consigo mesma e com as pessoas que ajudam a reconstruir o ego. ”
Assim, queridos seguidores, é preciso estar atento desde os primeiros sinais e não se deixarem levar por nossas idealizações.
Lucy Rocha- Personal Coach