MUNDO…
Numa queda larga tudo, menos a tua pessoa. Podes perder bens materiais, entes queridos, mas nunca perderás o mundo, aquele que vive dentro de ti. És tu quem escolhe a paleta de cores para o pintar.
Existe vasto número de cores à tua disposição. Escolhe-as bem. Quem pinta sobrevive na tela da vida. E talvez absorto viva. Também eu farei parte integrante do arco-íris.
O Mundo – triunfante carta – que passa por nós, que chama e grita gentilmente em câmara ardente, prossegue caminho quando todos estagnamos.
Devemos fluir com a vida, abraçando tudo aquilo a que temos direito. Recto é o caminho entorpecido. Existe tanta coisa mal. Garanto que o pior é o modo tosco e despropositado como levamos a vida. Mentimos. Julgamos. Perseguimos. Humilhamos. Matamos. Roubamos. Discriminamos. Desprezamos. O nosso Eu mais dissoluto.
O Eu mundano, profano. Tamanho o desgosto existencial. Ao habitar o mundo podemos desfrutar do sol, usufruir do ar e nadar no mar. Ao pisar terra firme, rapidamente chegamos à conclusão que dela precisamos para continuar caminho, até conseguirmos voar.
O mundo suporta o peso das nossas asas. Pesadas. Gastas. Depenadas. Pena é tudo o que parece restar. Mas o mundo é mais do que possamos imaginar. Imaginar-Te… Sangue e vida em mim.
Desejar um melhor fim, para mim e para ti. O Mundo? Filho da Terra Mãe e do Pai Universo. Conspiração de universos paralelos que se juntaram para a nossa criação.
É triste termos transformado a vida na pior abnegação.
Quem não é digno de si, não é digno do Mundo!