Durante a festa em família, o homem, que já é pai de uma menina, fica visivelmente incomodado com a descoberta, chegando a emitir palavras impróprias durante o vídeo.
As festas de revelação de gênero se tornaram populares nos últimos anos e consistem em falar publicamente se o bebê que a família espera é menino ou menina. O tema em si já causa controvérsias, já que muitos pais e responsáveis acreditam que é impossível saber qual gênero a criança terá, já que pode depender de outros fatores que envolvem muito mais o indivíduo do que a família.
Mesmo assim, a comemoração ganhou muitos adeptos, além de jeitos inusitados de contar a todos qual é o sexo da criança. Pode ser a cor da massa de um bolo, um jogo de luzes, balões ou até mesmo fumaça que sai de um jato, não existem limites na hora de fazer a “grande revelação”, basta ter dinheiro e acreditar que esse rito de passagem é importante. Na maioria das vezes, os pais também não sabem qual é o gênero da criança e o descobrem ao mesmo tempo que os convidados.
A generificação é simples: se for menino, surge a cor azul; e se for menina, a cor rosa. Independentemente da categoria, os envolvidos no evento separam aquele momento para mandar boas energias para a criança gestada. Espera-se, naturalmente, que o gênero não interfira no nível de felicidade dos pais, já que é impossível escolher qual dos dois a criança terá. Na cultura ocidental, os gêneros masculino e/ou feminino possuem cargas de estereótipos que não deveriam influenciar negativamente ou positivamente os pais e responsáveis pelas crianças.
Mas um vídeo que tem circulado na última semana mostra o oposto.
Um pai fica nitidamente incomodado com o fato de sua companheira esperar uma menina. O casal, que já tem uma filha, está entre familiares no momento da revelação, e o pai é incapaz de guardar para si sua insatisfação.
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As imagens que estão circulando no TikTok têm causado revolta em alguns internautas, inconformados com a expressão do homem.
@matthb92#genderrevealworld #babygirl
Atribuir um gênero a um indivíduo implica em associar a ele apenas metade de um universo de possibilidades, limitando suas escolhas aos estereótipos atribuídos à sua categorização. Por exemplo, quando uma gestante descobre que está esperando uma menina, brinquedos, roupas, nomes e até mesmo expectativas de como sua personalidade será são intimamente relacionados ao universo feminino.
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E quando o oposto acontece, e se descobre que o bebê é menino, a outra metade das possibilidades são atribuídas a ele.
Isso significa que alguns padrões de comportamento vão sendo reforçados muito antes de a criança nascer, como meninos que brincam de carrinho e meninas que brincam de boneca, ou meninas sensíveis e meninos que não choram.
Não existe problema algum em atribuições de gênero, desde que isso seja saudável para a criança envolvida na equação. Como os padrões já estão entranhados na cultura, é possível compreender a reação do pai ao descobrir que teria outra filha, limitando sua paternidade ao gênero das crianças, como se fosse impossível estabelecer uma relação com o infante, a menos que ele tenha o sexo esperado, no caso, um menino.
Os internautas não perdoaram, e muitos criticaram o homem, dizendo que ele deveria simplesmente ser grato por poder ter filhos. Outros ainda foram além e perguntaram qual seria a reação da filha, quando visse aquele vídeo no futuro, já que o pai visivelmente não gostou do gênero revelado.
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