Posto foto a cada dez segundos? Adiciono os amigos dele para marcá-lo nas fotos (embora isto nem faça sentido)?
Jogo fora tudo o que ele me deu? O excluo do Facebook? Apago o número dele (que eu já sei até de trás para frente)? Mudo o visual, o jeito etc?
Porque com certeza o problema está comigo, não é? Então, o que eu faço?
Ah, pensei também nas indiretas tipo “tem coisas que a gente se livra”, mas aí lembrei que se ele “estalar os dedos”, eu volto (como já diria o Luan Santana), então desisti dessa parte.
Ufa! Mas e aí, como agir afinal?
Primeiramente, se gostava muito dele e foi tudo de repente, evite usar rímel caso tenha o hábito, porque você irá chorar do nada. Isso mesmo, do nada! E não é pouco, é muito – até ficar desidratada… Acha dramático? Não é o seu caso? Ótimo!
Mas você pode ser do tipo que se alguém desejar “bom dia”, recebe em seguida os trechos do seu dilema, e em forma de monólogo, porque óbvio, só você fala. Ah, sabe script? Esses de filmes, novelas, peças… Cada um tem uma fala, certo? Neste caso, errado. Porque você falará por você, pelo ex, pelos amigos dele etc. Ou seja, sobra até para quem fez figuração na história.
Sendo assim, quando falarem “oi” nesse seu momento de dor, sorria caso saiba que vai desabar. E deixe para fazer isto com as amigas, porque mais ninguém é obrigado e porque você não precisa se expor assim.
Falando em exposição, pelo amor do que você acredita: fique longe da rede social caso saiba que não irá se controlar. Amiga, se já está difícil, não piore. Indiretas não fazem o cara voltar. E até impede aquele carinha bacana de se aproximar, porque você pode pagar um mico atrás do outro.
Fora o cansaço por passar horas e horas buscando o que não deveria saber só para sofrer mais. Falando em sofrimento e voltando ao choro, chore mesmo, sinta, coloque para fora. Isto até pode ajudar. Entretanto, com a amiga, não com o desconhecido na fila do banco, ok?
Outra coisa: não, não jogue nada fora! Você levou o fora e ainda quer levar prejuízo? Nem pensar! Guarde o que puder com as amigas. Quando tudo passar, caso valha a pena, você pega de volta. Se bem que tem uns aí que nem presentes dão… Ou a relação pode ter sido tão curta que nem teve tempo para isso. Enfim, fica a dica para cada caso.
Vamos lá, e sobre o problema estar em você?
Linda, o cara vai porque quer ir. Afinal, te aceitou como você era. Por que achar agora que ele a deixou só por sua causa? Por acaso ele era perfeito e por isso você não terminou antes? Duvido!
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Porque quando se gosta, se atura. Quando não mais, se busca defeitos onde não tem. Estou errada?
Hum, mas e afinal, qual é o segredo para sair da fossa? Ouvir Pablo ajuda? Querida, não tem segredo maior do que este: o tempo.
Se não deixá-lo agir, fica complicado. E isto inclui não se cobrar tanto. No começo você ainda manda mensagem, ainda liga, se humilha. E nada disso é vergonhoso porque você está tentando o que pode.
Agora, busque diminuir o ritmo. Mandava 1000 mensagens? Ligava 10876 vezes? Vai diminuindo a quantidade. Respeite a sua natureza, o seu limite e a sua inteligência. Vai sumir de vez por uns dias. E quando surgir vai falar por todas as vezes que fingiu ignorar. A mudança é de dentro para fora. Não o contrário.
Na rede social, você exclui, mas vê pelo da amiga. Entende? Então, passe a acessar menos vezes. Tente sair de casa, fazer o que gosta, estar com quem gosta. Se tem filhos, passeie com eles. Evite músicas tristes, pessoas tristes. E continue dando ao tempo espaço para agir. Ele vai passar.
Sua ferida exposta cria uma casquinha, depois acaba cicatrizando. Mas no seu momento, não no da “amiga sinistra” que bota a fila para andar enquanto você ainda sofre. Acontece que respeitando as fases disso tudo, você resolve de uma vez. Se buscar solução rápida você enterra isso vivo, e após um tempo volta a sofrer porque enterrou algo ainda com raízes.
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Aproveite tudo para repensar atitudes, mas sem se punir. E tente não se abandonar por ter sido abandonada. Não abra mão de você. Isto é o mais importante. E se já viu o fim do mundo outras vezes, você sabe que tudo passa.