O Escitalopram é um medicamento amplamente utilizado nos tratamentos de depressão e ansiedade.
Pertencente à classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), o Escitalopram é um remédio muito conhecido no Brasil por “Lexapro”, o seu nome comercial mais utilizado. Em outros países, seu nome pode variar, como “Cipralex”, comum nos países europeus como Reino Unido e Alemanha, e “Elicea”, outro nome conhecido em alguns países da Europa.
Caso esteja procurando algum medicamento específico que contenha Escitalopram, é recomendado consultar um médico ou um farmacêutico para obter melhores informações sobre o uso disponível em seu país. Tendo em vista sua importância, neste guia abordaremos mais detalhes sobre o que é esse medicamento, quais são os tratamentos, suas contraindicações e efeitos colaterais, entre outros.
O que é o Escitalopram?
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O Escitalopram é um medicamento antidepressivo que atua no sistema nervoso central, aumentando a disponibilidade do neurotransmissor chamado serotonina, no cérebro. Considerado um dos mais eficazes e seguros entre os antidepressivos disponíveis atualmente, comercializado sob diferentes nomes comerciais, o Escitalopram está disponível na forma de comprimidos revestidos de diferentes dosagens, geralmente variando entre 5 mg, 10 mg e 20 mg.
Psicoterapia como complemento ao tratamento
O uso de Escitalopram, geralmente, é indicado como parte de um tratamento abrangente do paciente, que pode envolver a psicoterapia como complemento. A psicoterapia ou terapia psicológica é um método que auxilia no tratamento de transtornos depressivos e ansiosos, no qual é possível ter um espaço seguro para o paciente explorar suas emoções, comportamentos e pensamentos.
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Quando falamos da combinação entre o medicamento e a psicoterapia, os resultados na vida e comportamento do indivíduo se demonstram melhores, isso porque a terapia é fundamental para o tratamento de pacientes que tomam esse remédio ou qualquer outro antidepressivo ou ansiolítico. Veja abaixo algumas razões pelas quais a terapia é importante:
Complemento ao tratamento medicamentoso
A terapia é frequentemente usada em conjunto com a medicação para tratar a depressão e a ansiedade. O Escitalopram tem a função de ajudar a regular os desequilíbrios químicos no cérebro, enquanto a terapia proporciona um espaço seguro e tranquilo para explorar e trabalhar nas questões subjacentes que contribuem para os problemas psicológicos.
Identificação de causas subjacentes
Um dos maiores benefícios da terapia é que ela ajuda os pacientes a examinarem suas experiências de vida, padrões de pensamento, relacionamentos e comportamentos que podem contribuir para agravar a depressão ou a ansiedade. Sendo assim, fica mais fácil de ajudar a identificar fatores desencadeantes e desenvolver as respectivas estratégias para lidar com eles.
Aprendizado de habilidades de enfrentamento
A terapia fornece aos pacientes habilidades e estratégias práticas para lidar com o estresse, gerenciar emoções negativas e enfrentar os desafios do dia a dia. Isso pode incluir técnicas de relaxamento, treinamento em habilidades de resolução de problemas e estratégias de autocuidado.
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Mudança de padrões de pensamento disfuncionais
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é frequentemente usada no tratamento da depressão e da ansiedade. Ela ajuda os pacientes a identificar e modificar padrões de pensamento negativos e distorcidos, substituindo-os por pensamentos mais realistas e saudáveis, que ajudam a reduzir os sintomas e prevenir recaídas.
Suporte emocional
A terapia proporciona um espaço seguro e confidencial onde os pacientes podem expressar seus sentimentos, preocupações e dificuldades sem julgamento. O terapeuta oferece apoio emocional, compreensão e encorajamento, o que pode ser especialmente valioso durante momentos de crise ou desafios emocionais.
É importante ressaltar que cada indivíduo é único, e a combinação ideal de medicação e terapia pode variar. Portanto, é recomendado discutir com um profissional de saúde mental qual abordagem de tratamento é mais adequada para cada caso específico.
Indicações do Escitalopram
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O Escitalopram é amplamente indicado para o tratamento de diferentes transtornos, incluindo:
Transtorno depressivo maior
O Escitalopram é frequentemente utilizado como primeira escolha no tratamento da depressão, ajudando a aliviar os sintomas de tristeza, desesperança, baixa energia, alterações no sono e no apetite, entre outros.
Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)
O Escitalopram também é eficaz no tratamento do TAG, um transtorno caracterizado pela presença de ansiedade excessiva e preocupação crônica em diversas áreas da vida.
Transtorno do pânico
Pessoas que sofrem de transtorno do pânico, que se manifesta por ataques de ansiedade intensa e recorrente, também podem se beneficiar do uso do Escitalopram.
O Escitalopram pode ser útil no tratamento do transtorno de ansiedade social, no qual a pessoa experimenta medo e ansiedade excessivos em situações sociais.
Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
Embora não seja a primeira opção de tratamento para o TOC, o Escitalopram pode ser prescrito em casos em que outras intervenções não foram eficazes ou não estão disponíveis.
Contraindicações do Escitalopram
Embora seja um medicamento seguro e bem tolerado para a maioria dos pacientes, há algumas situações em que o uso do Escitalopram é contraindicado. É importante sempre informar o médico sobre qualquer condição de saúde pré-existente ou medicamentos em uso antes de iniciar o tratamento com Escitalopram. As principais contraindicações incluem:
Hipersensibilidade ao Escitalopram
Pessoas que apresentam alergia ou hipersensibilidade conhecida ao Escitalopram ou a outros componentes da fórmula devem evitar o uso deste medicamento.
Uso concomitante com inibidores da monoaminoxidase (IMAO)
O uso simultâneo de Escitalopram com IMAOs, como a selegilina e a tranilcipromina, é contraindicado, pois pode levar a uma interação medicamentosa grave, causando o aumento da pressão arterial e risco de síndrome serotoninérgica.
Insuficiência hepática grave
Pessoas com insuficiência hepática grave devem evitar o uso de Escitalopram, pois o fígado desempenha um papel importante no metabolismo e eliminação do medicamento.
Insuficiência renal grave
Pacientes com insuficiência renal grave também devem evitar o uso de Escitalopram, pois o medicamento pode ter sua eliminação prejudicada e levar a um acúmulo no organismo.
Efeitos colaterais do Escitalopram
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Embora seja geralmente seguro e bem tolerado, o Escitalopram pode causar efeitos colaterais em algumas pessoas. É importante ressaltar que nem todas as pessoas experimentarão esses efeitos colaterais, e a intensidade e frequência podem variar de indivíduo para indivíduo. Alguns dos efeitos colaterais mais comuns do Escitalopram incluem:
Náuseas e vômitos
Algumas pessoas podem experimentar desconforto gastrointestinal, como náuseas e vômitos, especialmente nos estágios iniciais do tratamento. Esses efeitos geralmente diminuem com o tempo.
Alterações no sono
O Escitalopram pode afetar o padrão de sono, causando insônia ou sonolência excessiva em algumas pessoas. Essas alterações são geralmente temporárias e tendem a melhorar ao longo do tempo.
Aumento ou diminuição do apetite
Algumas pessoas podem notar alterações no apetite ao iniciar o uso do Escitalopram, podendo ocorrer tanto aumento quanto diminuição da fome. É importante manter um acompanhamento alimentar adequado durante o tratamento.
Alterações sexuais
Em alguns casos, o Escitalopram pode afetar a função sexual, causando diminuição da libido, dificuldade de ereção e atraso na ejaculação. Esses efeitos podem ser temporários e desaparecer com o tempo.
Tontura e tontura postural
Alguns indivíduos podem experimentar tontura ao se levantar rapidamente ou em mudanças de posição. Esses sintomas geralmente são leves e tendem a diminuir à medida que o corpo se ajusta ao medicamento.
É fundamental que qualquer efeito colateral experimentado durante o uso do Escitalopram seja relatado ao médico responsável, para que as devidas medidas possam ser tomadas, se necessário.
O Escitalopram causa sonolência?
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A sonolência é um efeito colateral comum associado a muitos antidepressivos, incluindo o Escitalopram. No entanto, é importante observar que nem todos os pacientes experimentam sonolência como efeito colateral. Além disso, a intensidade da sonolência pode variar de pessoa para pessoa.
Vale ressaltar que a sonolência causada pelo Escitalopram geralmente ocorre nas primeiras semanas de tratamento e tende a diminuir ao longo do tempo, à medida que o corpo se ajusta ao medicamento. Se a sonolência persistir ou se tornar excessiva, é importante conversar com o médico responsável pelo tratamento. Eles poderão ajustar a dose ou recomendar estratégias para minimizar o impacto da sonolência, como tomar o medicamento à noite antes de dormir.
É fundamental evitar a automedicação ou a alteração da dosagem do Escitalopram sem orientação médica. Cada paciente é único e somente o médico poderá fazer ajustes adequados com base nas necessidades individuais.
Pode consumir bebida alcóolica durante o tratamento com Escitalopram?
O consumo de bebidas alcoólicas enquanto estiver em tratamento com Escitalopram deve ser feito com cautela. O álcool pode interagir com o medicamento e potencializar certos efeitos colaterais, além de reduzir a eficácia do tratamento.
Interações e efeitos colaterais
O álcool e o Escitalopram são ambos depressores do sistema nervoso central. O consumo de álcool em conjunto com o medicamento pode aumentar a sonolência, tontura e a dificuldade de concentração. Esses efeitos podem comprometer a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas com segurança.
Além disso, a combinação de álcool e Escitalopram pode aumentar o risco de efeitos colaterais graves, como alterações na pressão arterial, frequência cardíaca irregular e problemas de coordenação motora. Essas interações podem variar de pessoa para pessoa, portanto, é importante evitar o consumo de álcool enquanto estiver em tratamento com Escitalopram, a menos que expressamente autorizado pelo médico.
Agravamento dos sintomas
O consumo excessivo de álcool pode agravar os sintomas de depressão e ansiedade, anulando o efeito benéfico do Escitalopram. O álcool é um depressor do sistema nervoso central e pode intensificar os sentimentos de tristeza, desespero e ansiedade. Portanto, é recomendado evitar o consumo de álcool para maximizar os benefícios do tratamento com Escitalopram.
O Escitalopram é um antidepressivo forte?
O Escitalopram é considerado um antidepressivo eficaz, mas sua força não pode ser determinada simplesmente pela sua classificação. É importante entender que diferentes antidepressivos funcionam de maneiras diferentes para diferentes indivíduos. O Escitalopram é um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS), que atua aumentando os níveis de serotonina no cérebro, melhorando o humor e aliviando os sintomas da depressão.
Cada pessoa pode responder de forma única ao Escitalopram e a outros antidepressivos. O que funciona bem para uma pessoa pode não funcionar da mesma maneira para outra. Portanto, é essencial seguir as orientações médicas, monitorar a resposta individual ao medicamento e fazer ajustes adequados no tratamento, se necessário.
O Escitalopram é melhor para a ansiedade ou depressão?
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O Escitalopram tem eficácia comprovada tanto no tratamento da depressão quanto nos transtornos de ansiedade. Sua capacidade de aumentar os níveis de serotonina no cérebro pode ajudar a regular o humor e reduzir a ansiedade. No entanto, a resposta ao medicamento pode variar de pessoa para pessoa.
O médico responsável pelo tratamento é a melhor pessoa para avaliar a condição do paciente e decidir se o Escitalopram é apropriado para tratar a depressão, a ansiedade ou ambos. É possível que o médico prescreva o medicamento para tratar ambos os transtornos simultaneamente.
Quanto tempo leva para o Escitalopram fazer efeito?
O Escitalopram não proporciona um alívio imediato dos sintomas. Pode levar algumas semanas antes que os efeitos terapêuticos do medicamento se tornem perceptíveis. Normalmente, são necessárias pelo menos duas a quatro semanas de uso contínuo para que o Escitalopram atinja sua eficácia máxima.
Cada indivíduo é único, e o tempo necessário para o Escitalopram fazer efeito pode variar. É importante ter paciência e seguir o cronograma de tratamento recomendado pelo médico. Caso não haja melhora dos sintomas após um período adequado, é fundamental entrar em contato com o médico para discutir a situação e considerar outras opções de tratamento.
Qual é o melhor horário para tomar o Citalopram?
Não existe um horário fixo que seja considerado o melhor para tomar o Citalopram. A escolha do horário dependerá das necessidades individuais do paciente e das orientações do médico. Algumas pessoas podem preferir tomar o medicamento pela manhã, enquanto outras optam por tomar à noite.
No entanto, é importante seguir rigorosamente as instruções médicas. O Escitalopram geralmente é tomado uma vez ao dia, com ou sem alimentos. Tomar o medicamento no mesmo horário todos os dias pode ajudar a estabelecer uma rotina consistente e facilitar a adesão ao tratamento.
Palavras finais
Como vimos neste artigo, o Escitalopram é um medicamento usado para tratar pessoas com quadros depressivos e ansiosos. Sua eficácia é comprovada e segura, no entanto, assim como em todos os outros medicamentos, cada pessoa reage de maneira diferente ao remédio, conforme o seu próprio organismo.
É muito importante que, aqueles que fazem uso desse medicamento siga copiosamente as orientações médicas, respeite as dosagens prescritas, mantenha um acompanhamento regular ao médico responsável e nunca interrompa a ingestão do Escitalopram sem o aconselhamento do especialista. O tratamento com essa medicação é geralmente de longo prazo, por isso, seus efeitos começam a surgir após algumas semanas. Lembre-se, em casos de dúvidas ou efeitos colaterais, procure um profissional de saúde para te orientar e ajustar o remédio caso seja necessário.
*Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.