Não sei como ou quando exatamente aconteceu, mas sei que não foi de repente e muito menos fácil.
Minha mente e a de todos nós, humanos, têm bagagens cheias de bloqueios e traumas que vão, desde os mais inconscientes e longínquos, até os mais dolorosos e atuais.
É difícil “ser humano” e parece ser impossível não cultivar sentimentos ruins em meio a problemas e situações adversas … mas em algum momento eu fiz uma escolha, que pode não me prevenir de nenhum tropeço e nenhuma dor, mas me coloca em uma busca constante por algo muito maior do que todas as complicações do mundo material. Eu escolhi ser feliz.
Essa escolha não me livra da minha mente turbulenta e nem de sentir raiva, medo, insegurança e outras más sensações. Entretanto, ela me coloca em um estado permanente de alerta e autoanálise, fazendo-me buscar os porquês de cada pensamento ou atitude negativa. Essa análise quase sempre me faz concluir que o problema é insignificante e o mal-estar é desnecessário.
A escolha tampouco tornou-me automaticamente uma pessoa alegre e sorridente o tempo inteiro, mas fez-me entender que a felicidade é um estado mental, e não algo que deva ser buscado, incansavelmente, em coisas, pessoas ou em um futuro remoto.
Sabendo disso, às vezes, eu me pego experimentando a felicidade plena no trabalho, ou enquanto me exercito, leio, entre outras situações. Parece que antes, nada simples, do cotidiano, tinha importância. Hoje, entendo que cada momento é uma oportunidade de me sentir feliz e grata.
Não deixei de chorar, não deixei de errar; muito provavelmente nunca deixarei. Apenas decidi que não quero permanecer sofrendo. Decidi que, não importa a situação, buscarei entender e acalmar minha mente.
Buscarei conhecer e me conectar com aquilo e aqueles que me trazem bem-estar e positividade. Escolhi entregar-me ao momento presente e apreciar o que sou e onde estou agora. Escolhi ser feliz: e essa foi a melhor escolha que já fiz!