Cury, conhecido e renomado por seu trabalho, fez um tocante relato mostrando que todos nós estamos sujeitos a conhecer o lado mais obscuro da depressão. Confira!
A depressão é uma realidade que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Para ser mais exatos, 300 milhões de pessoas carregam esse pesado fardo emocional todos os dias, segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Se você é uma dessas pessoas, sabe o quanto a vida pode perder a graça e o quanto os nossos sonhos e objetivos morrem dia após dia, obrigando-nos a criar uma força maior do que nós mesmos para realizar até mesmo as mais simples tarefas do dia a dia, como se levantar da cama, tomar um banho e trabalhar.
Conviver com a depressão é travar uma luta constante contra si mesmo e vencer-se a cada momento, provando que sua força interior é ainda mais forte do que os sentimentos que tentam derrubá-lo.
A era digital e das redes sociais, em que todos nós somos tentados a mostrar que estamos bem, pode fazer com que sintamos que somos os únicos a enfrentar essa batalha, mas a realidade é que muitas coisas se escondem por trás das “selfies” de sorrisos e das constantes autoafirmações nos stories.
A realidade é que a depressão não escolhe cor, idade, posição social ou conta bancária. Ela pode chegar para qualquer um de nós, em qualquer momento da vida, e mudar completamente a nossa maneira de viver.
Até mesmo as pessoas dotadas de elevado controle emocional, que inclusive são exemplos de estabilidade para muitos, podem se encontrar à mercê dessa doença, que quase sempre não tem o reconhecimento necessário.
Se você ainda duvida disso, trazemos agora um depoimento que o fará pensar novamente. Ele foi dado por Augusto Cury, psiquiatra, professor e escritor brasileiro, que ajuda milhares de pessoas por meio de suas obras.
Cury, assim como vários de nós, já passou por um momento de trevas, em que convivia com a depressão e a síndrome do pensamento acelerado.
Ele contou mais sobre isso em um vídeo publicado em sua página no Facebook. O médico conta que desenvolveu um quadro depressivo, que o fez perder o prazer de viver. Acrescenta que nesse período desenvolveu uma hipersensibilidade e que até mesmo pequenos problemas o afetavam exponencialmente.
Como consequência desse quadro depressivo, Cury relatou que não conseguia gerenciar os seus pensamentos perturbadores e que deixou de se encantar com a vida.
Embora soubesse que o ideal era partir em busca de ajuda profissional, como um psicólogo e um psiquiatra, naquela época, isso era motivo de vergonha, por isso negou a si essa ajuda.
No entanto, ele encontrou um caminho para a ajuda: “o mais importante endereço, que poucos encontram ao longo do traçado da sua história”.
Fazendo-se perguntas como: quem sou, o que sou?; por que não consigo controlar meus pensamentos perturbadores?; por que sofro por antecipação?; por que a minha emoção é terra de ninguém?; por que uma rejeição, uma crítica, uma explosão invadem-me e infectam-me, ele encontrou a si mesmo.
Cury escrevia todas as perguntas que fazia a si mesmo, assim como as respostas. Essas práticas, conforme relato, ajudaram-no a transformar a sua dor em sua maior mestra.
Como conselho aos que assistem ao seu relato, ele afirma que há um tesouro dentro de nós e ferramentas incríveis que podemos usar para “escrever os capítulos mais notáveis da nossa história, mesmo quando o mundo desaba sobre nós”.
Em uma fala muito sincera, o médico diz que, apesar de muitos editores o considerarem “o médico psiquiatra mais lido na atualidade em todo o mundo”, muitos não sabem que ele também foi um dos que mais choraram.
Cury diz que não são os aplausos que sustentam a sua história, mas sim as lágrimas, rejeições e perdas que viveu.
Finalizando o emocionante relato, o psiquiatra nos aconselha a não ter medo do deserto ou da rejeição das pessoas ou ainda do caminho trilhado, mas sim de não caminharmos.
Que palavras tocantes! Esperamos que elas tragam conforto e motivação para você superar quaisquer obstáculos em seu caminho!