Com certeza, isso é algo que já passou pela sua cabeça em algum momento.
Todo fim de ano é a mesma coisa. Conforme o Natal e o ano novo se aproximam, as famílias se reaproximam, deixar as íntegras de lado e planejam das maneiras mais mágicas possíveis todas as celebrações para agradecer por todas as coisas boas conquistas nos últimos meses e celebrar os novos meses que chegam, com a idealização de que poderão nos trazer muita felicidade.
Para alguns de nós, que vêm de famílias saudáveis, este período é um dos mais especiais do ano, porque nos permite estar ao lado das pessoas que amamos em comemorações incríveis, pautadas por muito amor, empatia, felicidade e comidas deliciosas.
No entanto, assim como muitos filmes natalinos costumam retratar, também há os “excluídos” do fim de ano, pessoas que, por uma série de motivos, não têm um grande grupo com o qual passar algumas das datas mais aguardadas de todo o ano.
Tenho visto muitas pessoas compartilharem nas redes sociais nos últimos dias que estão passando as festas sozinhas porque moram longe da família, porque não se relacionam bem com os seus parentes ou porque só têm colegas de fim de semana, mas nenhum amigo verdadeiro, que entende os seus problemas e as convidam para as celebrações ao seu lado.
Em grande parte das vezes, os relatos dos excluídos do Natal são escritos com um toque de tristeza e solidão, como se esse fosse um atestado de seu fracasso social e uma prova de que estão condenados a viver esses dias sozinhos infinitamente.
Embora isso dificilmente seja uma realidade, proponho uma nova maneira de encarar a solidão nas festas de fim de ano, que aborda o fato de que isso nem sempre é algo tão ruim assim. Somos levados a acreditar, seja pela tradição da sociedade ou pelas produções de televisão e publicidade, que este é um tempo que obrigatoriamente precisa ser curtido no coletivo, mas a realidade é que cada um tem a liberdade de escolher como passar o seu fim de ano e torná-lo especial, sozinho ou acompanhado.
No mundo real, nem todas as famílias se dão, nem todos os romances duram e nem todas as pessoas são cercadas de amigos 24 horas por dia. Vivemos numa sociedade que nem sempre nos aceita como somos, por isso é muito importante aprender a nos sentir confortáveis em nossa própria companhia.
O Natal e o Ano-Novo podem sim ser incríveis quando compartilhados, mas também podem ser tranquilamente vividos de forma solo, pois no final das contas, não passam de apenas mais um dia no calendário, assim como todos os outros 363.
Não existe uma lei que obrigue alguém a passar essas festas com outro alguém ou que o classifique como um “fracassado”, caso não tenha encontrado alguma companhia. Portanto, sinta-se livre para aproveitá-las da maneira que achar melhor!
Se gostar do clima de fim de ano e das famosas ceias, faça uma apenas para você, com toda a fartura a que tem direito. Decore a sua casa do jeito que lhe agrada e crie um ambiente agradável para si.
Se encara esses dias como quaisquer outros, não se sinta obrigado a seguir as tradições. Coloque um filme ou série, faça um miojo ou um jantar normal e celebre com seus atores favoritos.
Saiba que você não é o único a celebrar essas datas sozinho, e encare-as como oportunidades de passar mais tempo na própria companhia, conhecer-se melhor e estabelecer algumas metas para os próximos meses.
Não permita que julgamentos ou pressão da mídia o deixem triste por estar sozinho, isso não torna você inferior a ninguém, muito pelo contrário, pois lhe permite estar na melhor companhia de todas, o que com certeza lhe fará muito melhor do que estar perto de gente que só finge gostar de você. Pense nisso!