Hoje eu acordei reciclando o tempo acordei recitando uma prece. Porque prece também é verso, é uma forma de agradecer a Deus com o coração presente.
Hoje eu acordei menos vazia, mais intensa de luz e percebi que a entrada da janela é passagem pra Deus adentrar minha alma, como quem caminha por dentro de mim me conduzindo ao que preciso.
Hoje eu acordei com a sensação de que ainda tenho muito a fazer e que esquecer e aliviar o peso dos ombros é sempre bom para dar passagem aos novos sentimentos e pensamentos que, por vezes estranhos, pedem para serem deixados em algum canto, por não serem mais úteis ao que tenho decidido.
Hoje eu prestei mais atenção aos sinais do céu, as palavras ditas através da voz da intuição. Prestei mais atenção ao meu rosto, ao meu corpo, a minha essência e vi que preciso cuidar melhor do meu interno para que meu externo eternize mais paz interior.
De nada adianta caminhar vestido de matéria, se minha esfera interna precisa de conserto.
Eu não quero nada. Na verdade eu estou mudando as situações e respirando melhor.
Deixo ficar quem sabe ficar e não procuro aquilo que não é meu. Pois, quando Deus vem e avisa, Ele sinaliza por onde os pés devem seguir.
Nem sempre eu acertei, nem sempre eu consegui chegar lá. Mas eu tenho me continuado como quem reconstrói uma ponte como quem reconstrói todos os dias a vida, buscando soluções e uma maneira de viver melhor.
Quando eu percebi que dentro da própria espiritualidade eu encontraria muitas respostas, passei a ter por ela zelo e mais entendimento.
Peço sempre aos médicos espirituais, peço sempre aos anjos guardiões, peço sempre que todo mal se afaste de mim.
Aí vou caminhando pelo longo corredor que vejo a minha frente e vou observando portas fechadas que já me serviram de passagem e hoje são apenas lembranças que não me buscam mais.
Vou caminhando em linha mais reta e seguindo aquela luz mais à frente que possui a chama da luz, da força, da fé e do desejo de seguir viagem sem abarrotar tanto a bagagem ou perdê-la em alguma esquina da vida.
De nada adianta eu me elevar em ostentação, se os pés não sentem o toque do solo se a alma não se convence de sentimentos sinceros, se ela não se convence nem da própria existência.
O importante é desvencilhar dessas armadilhas que machucam, é desvencilhar dos arames que arranham, das prisões perpétuas ou das noites na solitária do tempo.
- Espiritualidade: O que o budismo e o hinduísmo pregam sobre carma e reencarnação
Hoje eu acordei assim, fechando os olhos e dizendo adeus para tantas coisas e pedindo perdão por tantas outras.
Por vezes, às duras penas e sob pressões absurdas, eu tenho voltado ao meu lugar que é meu espaço íntimo.
Graças a Deus, os dias estão mudando dentro de mim.
_________
Direitos autorais da imagem de capa: photopiano / 123RF Imagens