A jovem estrangeira, de apenas 20 anos, estava perdida no Parque Madureira, uma região movimentada do Rio de Janeiro.
Imagine estar passando férias num lugar onde você nunca esteve, onde só conhece uma pessoa, seu companheiro de viagem. As férias correm bem, você está gostando muito desse lugar onde está explorando, embora seja tão estrangeiro que nem sabe falar a língua local, mas ao menos consegue ter acesso ao que precisa com a ajuda do seu companheiro.
Parece um cenário perfeito para a criação de histórias incríveis, certo?
Sim, seria. Mas digamos que, em dado momento, você se separa repentinamente do seu companheiro. Agora o lugar agradável em que você estava passando férias se torna uma terra nada acolhedora onde, por mais que você tente, não consegue se comunicar com as pessoas nem ao menos para chegar aonde está hospedado.
E seu companheiro? Está longe demais agora. Você precisa descobrir como se virar de forma segura num lugar que não conhece nem sequer domina a língua. Talvez esse cenário hipotético tenha sido desesperador o suficiente para que você se prepare mais, pratique o idioma do lugar e tente ser um pouco mais independente aonde vai passar as férias da próxima vez, mas esta história foi um pesadelo da vida real vivido por uma jovem tailandesa aqui, no Brasil. Pelo menos, desta vez, terminou com um final feliz e, com certeza, ela irá se equipar bem melhor em suas próximas viagens.
Guardas municipais da capital do Rio de Janeiro, em monitoramento de rotina no Parque Madureira, na Zona Norte, passaram por uma situação inusitada na sexta-feira, véspera de Natal de 2021. Segundo informações da corporação ao portal de notícias O Globo, agentes da 11ª Inspetoria encontraram uma turista tailandesa de 20 anos perdida na movimentada área de lazer da cidade.
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Os guardas perceberam que a moça parecia aturdida e logo se aproximaram para lhe prestar assistência. Como a jovem só falava sua língua nativa, o tailandês, os guardas não conseguiram iniciar um diálogo com a jovem. Contudo, a comunicação aconteceu graças à ferramenta de tradução de idiomas do Google, utilizada por meio de um telefone celular.
Desse modo, a turista contou aos agentes equipados com a ferramenta que havia sido deixada sozinha no parque pelo namorado, um ucraniano de 33 anos. O rapaz teria abandonado a companheira no local depois de uma discussão. A moça estava sozinha em um país que não conhecia nem falava a língua e a única pessoa que conhecia não queria falar com ela.
Perdida, a tailandesa não conseguiu, depois da briga com o parceiro, retornar sozinha para o hotel onde estava hospedada, no centro do Rio de Janeiro. Foi também com a ajuda de outra ferramenta do Google, o Mapas, que ela conseguiu indicar a localização exata do estabelecimento onde estava ficando na cidade para os guardas que tentavam a auxiliar.
Os guardas municipais, então, levaram a jovem à Delegacia de Atendimento ao Turista, também conhecida pela sigla Deat, no Leblon, e em seguida para o seu hotel. De acordo com informações do órgão, os agentes também a orientaram quanto aos riscos de andar sozinha em locais desconhecidos. A identidade da jovem não foi divulgada pela Guarda, para preservar sua segurança. Eles a deixaram de volta no hotel de onde tinha partido. E sobre a situação dela com o namorado, se eles se entenderam ou não, é uma informação que ficou em aberto no caso.