É tempo de saírem da zona de conforto. Suas consciências os colocaram onde vocês estão agora e os manterão aí ou os levarão para um emprego melhor. Acreditem, em algum lugar tem alguém esperando por seus atributos profissionais. Parece clichê, mas não é: vocês podem. Vocês conseguem.
Há uma força imensurável dentro de cada um. Confiem na inteligência interior.
Manterem-se em contextos insatisfatórios e reversíveis é um claro sinal de fraqueza, condicionalidade ao sistema e imaturidade emocional.
O ser humano nasce e cresce para ganhar. A sensação de que está perdendo algo implica algum sofrimento e está intimamente ligada ao pouco desenvolvimento emocional para lidar com a renúncia do que está causando desconforto.
Não é necessário muito esforço para compreender o motivo pelo qual as pessoas não reagem adequadamente em certas situações, melhor, em consonância com a lógica dos relacionamentos saudáveis; provavelmente fazem o máximo, beiram às vezes o ridículo, para escaparem do incômodo inicial e inerente a qualquer mudança.
Convém pensar que não há contra mais efetivo e danoso do que permanecer em um ambiente profissional hostil. Sim, o estresse no trabalho deteriora a qualidade de vida. Todos sabem da existência dessa erva daninha, entretanto são poucos os destemidos que tomam iniciativa de arrancá-la. Como resultado de severa resistência, a depressão, a síndrome do pânico, ansiedade elevada, taquicardia, síndrome de burnout, gastrite nervosa, dificuldade de memorização são alguns dos sintomas que o corpo e a mente podem apresentar, alertam os especialistas do Instituto de Psicologia e Controle do Stress, de Campinas.
Os chefes e seus colaboradores estão diariamente em estado de alerta e vivem marchando em intensidade incompatível com o bem estar pessoal necessário, em busca do aumento da produtividade nesta atual dinâmica das organizações em suas disputas acirradas, revolucionárias e audaciosas visando, notoriamente, o acúmulo de cifrões em suas extraordinárias contas bancárias. Chefes estressados são sinônimos de subordinados (mais) estressados ainda. Quem tem “juízo” obedece à apatia, à descarga emocional, às toxidades? Desde o início da formação da estrutura hierárquica percebemos que os que ocupam cargo de poder costumam, bem frequentemente, liberar suas tensões, raivas, preocupações exacerbadas em seus colaboradores, sobrecarregando-os de angústias, desaforos e ofensas. Quem é agredido verbalmente, culpabilizado por responsabilidades dissonantes ao cargo, desvalorizado e humilhado necessitará, em algum momento, recorrer a um profissional da saúde e, talvez, carregará um trauma e dilemas difíceis de dissolverem para o resto da vida; entre outras situações não mencionadas, porém tão corriqueiras que vocês devem automaticamente ter vivenciado em suas memórias.
O palco aqui é o da vida, nem se não fosse trágico, não seria cômico. Se vocês sofrem em um ambiente laboral doentio, já tentaram mudar o cenário, mas estão sendo enterrados por um superior histérico, inacessível, autoritário, arrogante, perverso, que não sabe o significado de gerir pessoas e mesmo assim vocês se mantêm nesta relação conflituosa e desgastante devo dizer que é muito mais importante levar em consideração que as suas decisões sinalizam, no mínimo, um forte elemento do erosivo medo imputado à mente de todos, sem exceção. Sei que o dito e o escrito parecem infinitamente mais fácil do que agir. Contudo é preciso, urgentemente, sair da matrix.
Não sustentar o medo e as marcas negativas, inseparáveis da existência humana, é o que vai ponderar assertivamente a tarefa, às vezes árdua, da tomada de decisão que é legitimamente pessoal, intransferível e que pessoas maduras não protelam. Tomar decisão requer coragem e crescimento emocional para gerenciar com firmeza as possíveis críticas, indisposições com os colegas e, até mesmo, com algum membro da família.
Quaisquer que sejam os seus motivos, receio do maior flagelo social de todos os tempos, concordo, o ‘desesperador’ desemprego, filhos, contas para pagar, comprar coisas de que não precisam para impressionar o outro, lembrem-se: onde a saúde não impera, não é possível fazer mais nada. É tempo de saírem da zona de conforto. Suas consciências os colocaram onde vocês estão agora e os manterão aí ou os levarão para um emprego melhor.
Há uma força imensurável dentro de cada um…
Acreditem, em algum lugar tem alguém esperando por seus atributos profissionais. Parece clichê, mas não é: vocês podem. Vocês conseguem. Há uma força imensurável dentro de cada um. Confiem na inteligência interior. Amadureçam e pratiquem, em definitivo, a crença de que a vida é pra ser deliciosa no espaço organizacional na mesma medida em que é em todas as outras áreas.
Ressignificar as experiências e escrever novos capítulos são considerados atos de quem é, além de protagonista de sua história, consciente de que é imprescindível à sobrevivência e à felicidade lutar contra a gravidade, encarando os obstáculos com maturidade, valentia e determinação.
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