Quem nunca espremeu creme dental até o fim, apertando bem todos os espaços?
Tem gente que vive espremendo determinados momentos da vida, até que ele tenha dado tudo o que tinha para dar. Quando isso acontece, o melhor a ser feito é seguir em frente.
A hora de partir não vem marcada em calendário nem muito menos toca um alarme. Talvez, por isso, não seja tão simples descobrirmos que virar a página é necessário.
É indispensável delimitarmos bem os marcos de onde termina o velho e onde começa o novo ciclo, só assim conseguiremos deixar claro para nós mesmos, o atual caminho a percorrer.
As etapas a serem encerradas não são, necessariamente, ruins. O conceito do que é um ciclo já nos dá uma pista do porquê precisamos finalizá-lo, ele está diretamente ligado com renovação e, por mais incrível que tenha sido determinado momento da nossa vida, inevitavelmente, ele precisará dar lugar ao novo.
É assim que a gente cresce, vivendo novas experiências.
Se nós apenas passássemos por situações que já conhecemos, não aprenderíamos nada de diferente e desperdiçaríamos a oportunidade de liberar e expandir o nosso potencial.
Aliás, existe um nome para esse começo e fim de tempos: Lei da Impermanência.
De forma simples, essa regra diz que nada é permanente, a não ser a própria brevidade das coisas.
Logo, quanto mais nos agarramos ao que já se findou, mais apego teremos e, consequentemente, mais presos estaremos à determinada coisa ou situação.
A natureza é uma das maiores provas da necessidade de mudanças e das interligações entre elas. É só observar as estações do ano, períodos vitais para o desenvolvimento das plantas e como interferem em nosso dia a dia.
Sendo assim, celebre cada nova fase, seja agradecido pelas oportunidades de crescimento, não tenha receio de deixar o velho e se abrir para o novo, pois, como diz o escritor Eckhart Tolle, “é necessário que as coisas acabem, para que coisas novas aconteçam”.
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