Na cidade de Mendoza, na Argentina, uma mulher está faturando um “extra” com sites adultos, enquanto cumpre seus 13 anos de prisão.
A presidiária Camila Sofía Ibarra Salazar (22) é acusada de articular um assalto seguido de assassinato de um cafetão, Marcos David Figueroa (30), em um bordel clandestino que funcionava dentro de um complexo de apartamentos da cidade de Mendoza, em meados de 2020. Enquanto está na prisão, ela fatura com a venda de fotos íntimas suas na plataforma de conteúdo adulto OnlyFans.
De acordo com o site El Sol, que publicou o caso em primeira mão, a mulher cumpriu apenas dois anos e meio de sua pena passando a vender fotos e vídeos eróticos feitos dentro de sua cela na prisão, para poder sustentar seu filho Catriel, de cinco anos. Todo o valor arrecadado por seu conteúdo é transferido para uma conta bancária de sua mãe, a senhora Salazar, por meio do Mercado Pago.
Seu negócio começou com uma série de postagens e status em suas redes sociais, nas quais ela oferece um material “picante”, que para ter acesso será preciso chamá-la no privado. Muitos dos seguidores da web ficaram interessados na oferta e comentaram suas postagens com claras intenções de adquirir as imagens íntimas. “Passe seu WhatsApp que a gente fecha negócio”, escreveu um usuário. Enquanto outro brincou: “Quando eu receber o pagamento, verei se sobrou alguma coisa, aí entro em contato contigo”.
![Enquanto cumpre pena na cadeia, mulher fatura vendendo fotos íntimas](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/04/IMAGEM-1-Enquanto-cumpre-pena-na-cadeia-mulher-fatura-vendendo-fotos-intimas.jpg.webp)
Em uma das publicações, Camilita, como é conhecida, chegou a tornar público seu número de celular particular acompanhado da frase “Quem tiver interesse, fale comigo”. Vale ressaltar que a mesma não pode ter um celular dentro do centro penitenciário feminino.
O marketing deu tão certo, que ela já possui um seleto grupo de clientes. Ao todo, são cinco mil seguidores para os quais oferece pacotes eróticos a partir de 20 fotos. As que estão completamente nua saem por R$ 48. Em relação a vídeos, ela cobra em torno de R$72. Agora, se o cliente desejar uma videochamada com ela, sai por R$96 reais.
Atualmente, Camila aguarda uma audiência e exames psiquiátricos para entrar com um pedido de prisão domiciliar a fim de ficar perto do filho. O pedido da ré deve ser avaliado nos próximos dias, de acordo com o El Sol. Uma vez que a perícia estiver pronta, será marcada uma audiência com a promotora de Homicídios Claudia Ríos, que está responsável por seu caso, e então um juiz determinará se a prisioneira está em condições para cumprir a pena em regime domiciliar.
Entenda o crime de Camila Sofía Ibarra Salazar
De acordo com a investigação realizada em 31 de maio de 2020, Camila Sofía estava reunida com María Fernanda Albares, Martín Ezequiel Saravia e três menores no bairro de San Martín de Ciudad.
![Enquanto cumpre pena na cadeia, mulher fatura vendendo fotos íntimas](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/04/IMAGEM-2-Enquanto-cumpre-pena-na-cadeia-mulher-fatura-vendendo-fotos-intimas.jpg.webp)
Desse encontro, teria surgido a ideia de assaltar um cafetão da área que chefiava um bordel dentro de um apartamento na rua Patrícias Mendocinas, próxima ao centro de Mendoza. Camilita planejou o roubo pois conhecia bem o local e sabia da movimentação de garotas de programa na região, tendo em vista que ela mesma já havia trabalhado como prostituta no início daquele ano.
Planejado o golpe, os seis criminosos pegaram dois veículos e partiram para o apartamento do cafetão. Ao chegarem até o local, apenas os rapazes desembarcaram, enquanto Camila e Maria Fernanda ficaram esperando em um dos carros, cuidando o perímetro e fazendo sinal de buzina.
Assim, os quatro assaltantes entraram armados no último apartamento, que ficava nos fundos do condomínio. Eles abordaram três garotas de programa e Marcos. Pelo fato de as mulheres e o homem não terem dinheiro, o grupo simulou o assalto levando roupas, pertences pessoais e até mesmo o tênis que a vítima usava naquele momento. Após o crime eles fugiram.
No entanto quando os quatro homens estavam deixando o condomínio, Marcos reagiu e atacou um dos menores, identificado como Nicolás Adrián Hernández Albares. Na luta corporal, Nicolás sacou o revólver e atirou na cabeça do cafetão. O projétil se alojou no crânio da vítima fazendo com que perdesse massa encefálica. O homem chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Central, mas os médicos constataram a morte cerebral.
O ataque foi filmado por uma câmera de segurança e o vídeo divulgado meses depois pelo próprio El Sol. Com o passar dos dias, todos os suspeitos de participar do crime foram presos. Dois deles foram liberados por não terem sido indiciados e o autor do disparo acabou encaminhado para um sistema prisional para menores. Enquanto isso, Camilita, Maria Fernanda e Martín foram para o sistema prisional, sendo condenados até 15 anos de prisão em julgamento realizado em maio do ano passado.