Nesta residência vive uma mulher encantadora, radiante e enérgica. Ela se arruma com entusiasmo, aprecia belos saltos altos e adora receber perfumes como presente de aniversário.
Uma mulher em seu florescer, não há outra forma de descrevê-la. E, de repente, alguns anos se passam, e você a vê caminhando em sua direção como uma senhora idosa ou até mesmo como uma avó.
Envelhecer “para si mesma” em cada momento da vida…
Em vez de exibir lindos cachos, ela adota um corte de cabelo curto e prático “para economizar xampu”. Em lugar de um vestido brilhante da moda, opta por um moletom colorido “que não mancha” e nos pés chinelos desgastados que sonhou em descartar há vários anos.
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O que aconteceu com ela durante esse período? Ficou doente? Sofreu perdas? Pergunte com cuidado, mas nada disso ocorreu. A resposta é simples: a idade! As pessoas ao redor encolhem os ombros, como se fosse algo inevitável.
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Por muito tempo, acreditei que havia uma espécie de idade mágica em que as mulheres se transformavam repentinamente em avós. Talvez fosse resultado da menopausa, uma diminuição nos níveis hormonais. Havia rumores sobre isso entre as pessoas. Porém, recentemente, essa convicção tem sido abalada.
A mudança de paradigma da elegância
Agora, mulheres maduras chamam cada vez mais minha atenção, mulheres que são elegantes, cuidam bem de si mesmas e mantêm sua elegância. Talvez as redes sociais tenham tornado as imagens de mulheres bonitas mais acessíveis em todo o país, ou talvez em todo o mundo.
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Ou talvez eu tenha aprendido a ignorar mensagens estranhas do tipo “isso não é apropriado para a nossa idade” ou “isso é coisa de jovens”. Recentemente, algo aconteceu que me chocou profundamente. Em um aniversário, ouvi alguém dizer: “Agora, querida Mary Vanna, você vive não para os homens, mas para os filhos e netos!” E foi como se um quebra-cabeça se encaixasse.
Será que as mulheres que repentinamente e conscientemente se tornaram “velhas” são aquelas que nunca souberam viver e se vestir para si mesmas? Elas começaram vestindo-se para conseguir um casamento – muitos pais têm ideias rígidas sobre como suas filhas devem estar vestidas para atrair um pretendente.
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Depois, se vestiram para agradar colegas, vizinhos ou competir com outras mulheres. Vestiram-se para agradar o marido e evitar o divórcio, ou seja, mais uma vez, para os homens… Mas, no final das contas, ficaram simplesmente exaustas… Afinal, não há trabalho mais árduo do que aquele pelo qual não se é reconhecida.
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Para uma mulher assim, a expressão “cuidar de si mesma” carrega o mesmo significado da frase “se enfeitar para os homens”. Essa associação tem conotação sexual (não é à toa que muitos acreditam erroneamente que a aparência é assunto exclusivo das mulheres).
Por exemplo, já ouvi muitas vezes as gerações mais jovens sendo criticadas por usarem camisetas largas, calças que não acentuam suas formas, tênis robustos e rústicos, ao invés de elegantes saltos.
Os jovens pensam que estão se vestindo com estilo, modernos e na moda, mas as senhoras mais conservadoras ficam incomodadas: “E se um pretendente aparecer e não encontrar beleza? Que problema!”
E então, de repente, a energia acaba. Junto com o olhar masculino, esvai-se a motivação. Sapatos de salto alto causam desconforto nos pés e inchaço nas panturrilhas. Cachos tornam-se cansativos, saias justas restringem os movimentos, e os cosméticos exigem gastos constantes… Nesse momento, talvez seja melhor desistir disso tudo? A mulher decide. Ela se rende às mudanças impostas pelo tempo, convencida de que não há mais necessidade de se vestir para agradar aos homens.
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Envelhecendo para si mesma
No entanto, sempre houve e sempre haverá mulheres que de alguma forma conseguem se cuidar sem cair na vulgaridade, que aproveitam a vida independentemente da presença de um homem ao lado. Com prazer, elas criam seu próprio humor com roupas novas e autocuidado.
Elas não se preocupam com a idade “para os homens”. Essas mulheres preferem envelhecer “para si mesmas” em cada momento de suas vidas. E, a propósito, costumam ser as mais atraentes, pois jamais se tornam simplesmente “avós” até o fim de seus dias.
A forma como as mulheres enfrentam o envelhecimento é um reflexo de como viveram suas vidas e como se relacionaram com sua própria identidade ao longo dos anos. Aquelas que se vestem e cuidam de si mesmas com o propósito de agradar aos outros acabam encontrando-se presas em uma armadilha social, onde a motivação se esvai junto com o olhar dos homens.
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No entanto, existe uma transformação notável em curso, na qual cada vez mais mulheres maduras redescobrem sua elegância e valor, independentemente do olhar alheio.
A busca pela própria essência, livre de estereótipos e expectativas, é o que permite a essas mulheres continuarem irradiando beleza interior e exterior.
Envelhecer “para si mesmas” torna-se uma afirmação de empoderamento, autoestima e autenticidade. Afinal, a verdadeira elegância não está ligada à idade ou às convenções sociais, mas sim à atitude de se valorizar e se amar em todas as fases da vida.
As mulheres que mantêm o foco em si mesmas, sem se perderem em estereótipos ultrapassados, encontram a verdadeira felicidade em suas escolhas e na expressão genuína de sua personalidade. Elas desafiam o paradigma da idade, inspirando outras mulheres a abraçarem seu envelhecimento com graciosidade e autoconfiança.
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Que possamos aprender com essas mulheres excepcionais, que nos mostram que a beleza e o encanto transcendem a passagem do tempo. Envelhecer “para si mesma” é abraçar a sabedoria e a maturidade, sem deixar de lado a alegria de viver.
Ao final, a verdadeira beleza é aquela que brilha a partir do coração, e não aquela ditada por normas impostas pela sociedade.
Portanto, celebremos as mulheres que escolhem viver para si mesmas, pois é nelas que encontramos o exemplo de uma vida bem vivida e a inspiração para abraçarmos nosso próprio envelhecimento com serenidade e confiança.
Que a elegância e a autenticidade dessas mulheres nos acompanhem, para que possamos enxergar a beleza que existe em cada fase de nossa jornada, envelhecendo com graça e plenitude.
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