Não existem atalhos na vida, dizem os pragmáticos. Há quem seja o guia do seu destino, quem o deixe ao acaso, quem o entregue a um poder sobrenatural e há quem o ceda a outra pessoa.
Mas, em algum momento, pegamos atalhos. Sim, pegamos.
Às vezes, porque estamos cansados da longa jornada, outras pela emoção do desconhecido, outras pela praticidade.
É como o amor, a paixão, as amizades. Quando um decide que não seguirá em frente e o outro pega um atalho para não ficar parado no caminho e sem perceber vai descobrindo novos caminhos.
“Acreditava que seguiriam juntos na estrada. Mas quando se apercebeu de si, estava sozinho“.
Admito! Prefiro os atalhos, os novos caminhos, trilhas e estradas. O conhecido está cheio de buracos, assoreado, desgastado pelo efeito do tempo. A possibilidade de restaurá-lo se desfez devido a escassez de recursos. Na trilha; era necessário dois.
Recomeçar, mudar, acreditar novamente… sim, é tarefa difícil. Mas, através dos atalhos você descobre novos caminhos, novos ares, novas paisagens, novos sorrisos, nova jornada.
Despimo-nos do medo, da vergonha, do receio… para encontrarmos o outro caminhante da estrada. Afinal, a jornada é longa e a noite vem!
A beleza de um novo amanhecer a emergir no horizonte, a beleza da vida não está em uma estrada pré-definida.
Então, desbrave este novo atalho desta jornada. E talvez quem sabe nos encontremos por aí, com nossos novos mapas, histórias, amores, cores, sorrisos, amigos… novo destino.
Pegue o atalho, se achar necessário, mas não fique parado. Siga em frente! O mundo o aguarda e a vida lhe é grata!
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