“Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.” – Siddhartha Gautama, “Buda”.
Questione/Pense/Compreenda. Isso é o cerne de todo o aprendizado acima. Tudo deve ser questionado, tudo deve ser pensado, tudo deve ser compreendido; e não apenas por um ângulo, mas por todos os ângulos.
Se você se sentir incapaz de alcançar uma conclusão verdadeira, justa e útil, pare, não aja, não espalhe, não dissemine a informação, o sentimento ou a ação.
Não se preocupe com pensamentos que o levem ao medo de punição por algum grande mestre, ou de repreensão por algum professor/instrutor/mentor/palestrante/líder, caso questione suas palavras. A verdade não tem medo de questionamento, mas o instiga, já que só aprende o seu fundamento quem questiona.
Por outro lado, a mentira odeia questionamento, porque se chegarmos ao seu fundamento, encontraremos a maldade (em um amplo sentido; aqui, tudo o que não é bom e verdadeiro foi tido como mau, mas vale dizer que apenas a título de melhor didática, haja vista nem tudo o que não é bom, é mau, e nem tudo o que não é mau, é bom).
Ademais, se temos certeza de que algo é verdadeiro e justo, não devemos tentar impor a ninguém, muito menos temos o direito de nos impor ao sermos questionados. Se tratarmos questionamentos com fúria, mesmo estando de posse da verdade, estaremos agindo como ditadores. É aquela história do ego inflado; pensamos que ninguém pode nos questionar: logo eu, que sou o que sou? (E o que é que sou mesmo?)
Grandes Mestres são desprovidos de ego. Não existe punição por não seguir cegamente suas palavras, mas sim por fazê-lo. O objetivo não é ser cego, seja para o mal ou para o bem, mas encontrar o pensamento racional, a lógica por trás do ensinamento, para, assim, também ensinar.
No texto passado vimos como somos, em alguns momentos, reflexo da conduta de outras pessoas. Já nesse, podemos perceber que muitas vezes absorvemos aquilo que supre uma lacuna nossa, sem sequer pensar e, para agravar, ainda disseminamos.
Já sabemos que devemos sempre questionar, até compreendermos o que nos é passado e, uma vez que devemos a tudo questionar, também não devemos nos irritar em ser questionados; mas como questionar?
Nessa frase o Autor, que é/foi detentor de grande sabedoria, nos entrega a fórmula do questionamento: verificar se aquilo concorda com a razão, se conduz ao bem e se é em benefício de todos.
Não se assuste se esse ensinamento soar muito parecido com os filtros de Sócrates: verdade (concorda com a razão), bondade (conduz ao bem) e utilidade (benefício de todos). Como vimos no texto passado, os mesmos ensinamentos estão, há muitos séculos, sendo passados por Grandes Mestres, em diferentes regiões do planeta.
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Portanto, não importa a fonte do ensinamento, tudo deve ser submetido a um crivo principiológico.
Se aquilo que tentam nos ensinar não for bom, não for útil, não for verdadeiro, não estiver alinhado com o amor, então não deve ser aplicado, não deve ser tido como verdadeiro, não deve ser aceito e, principalmente, não deve ser disseminado.
Notaremos a presença da palavra amor em todos os textos que serão postados aqui, porque o amor é como um infinito oceano: é dele que se originam todas as virtudes. Tudo o que é bom tem origem no amor, não no sentido que estamos acostumados a dar a ele, mas em um sentido muito mais amplo e magnífico, o que já deve ser objeto de outro estudo.
Deixem nos comentários sugestões de frases ou livros a serem interpretados (no caso de livros, é provável que eu divida em vários textos). Forte abraço e uma boa semana!