Na educação de crianças não há receita pronta. É no dia a dia que se faz e que se monta um direcionamento a ser tomado. Escuto em consultório “Trouxe ele por que o vizinho da mesma idade que ele, já lê e já escreve, deve ter algum problema”.
A comparação de um filho com outra criança é e sempre será injusta. Cada um tem seu tempo, seu ritmo, sua forma de ser e de agir. Cada um pertence a uma família diferente, com gostos diferentes, com visões de mundo diferentes e com saberes diferentes.
Comparar com uma característica da faixa etária ainda podemos observar uma atenção ou expectativa no sentido de ansiedade. Comparar com outro em especial, ou um irmão, um primo… É colocar-se em um nível mesquinho. Não de preocupação mais de egoísmo. Algumas mães de primeira viagem sofrem agruras infinitas. Uma por que a vizinha da vizinha disse que fraldas tem que ser só de pano para que colabore com o meio ambiente.
A outra diz que pior crime que uma mãe pode cometer é ter parto cesária. Ainda uns outros dizem que o bebê não pode ser amamentado em público e outros que sim. A confusão fica tão sem medidas, que a mulher se sente culpada, porque não consegue dar conta de trabalhar, dos afazeres domésticos, de fazer a papinha fresca com legumes orgânicos de preferência plantados e colhidos pela própria… Além do colo que dizem estar dando demais ou de menos.
Essa ansiedade chega no filho como uma bomba e pior, o acompanhará por muito tempo. Crianças ansiosas não se criam sozinhas. E essa geração com a ansiedade a “mil por hora” pode ser fruto de tantas cobranças e tantas comparações. Não há um manual de instruções para criação, para gestação, ninguém ensina nenhuma mulher a ser mãe. Elas aprendem na raça, no dia a dia. Nos conflitos e aprendizagens diárias.
Não há certo e errado na criação de um filho. Há e erros e acertos tentando acertar sempre.
Um brinde a todas as mães Guerreiras que em meio a tantas ondas de críticas e um mar inteiro de desconhecido, enfrentaram e com amor, intuição e força dão conta de educar!