É desnecessário você tentar convencer outro coração do tanto que ele significa para você, se nem sequer sentir o seu ele foi capaz.
Quando alguém julgar você por uma decisão, abandoná-lo por se achar correto demais, humilhando-o por se achar sensato, desmerecê-lo, sem se importar com a dor que lhe tem causado e não valorizar nada do que você foi ou fez só para vê-lo bem, erga a cabeça, respire fundo, peça a Deus para cuidar de você e curá-lo, perdoe essa pessoa com todas as verdades da sua alma e siga o seu caminho.
Mas siga sem se lamentar, sem afagar o sofrimento, sem guardar rancor, sem abrigar ressentimentos, sem se culpar por nada. É desnecessário você tentar convencer outro coração do tanto que ele significa para você, se nem sequer sentir o seu ele foi capaz.
É desnecessário você se doer tanto por um alguém que não parou para olhar você por dentro, que não notou as suas ausências nem fez questão da sua presença.
É doído você desejar tanto alguém que não ouviu quando o seu pensamento o chamava, que não atentou para o seu amor, a sua vontade de estar perto, as suas preocupações.
É muita covardia você se anular por quem vive bem sem a sua companhia. Escolha difícil de se assumir, mas não podemos passar uma vida querendo ser notado por aqueles que simplesmente não se importam conosco, não nos procuram, não dão sinal de vida, e que já se acostumaram a deixar de lado quem o abriga por dentro, quem cuida de si, quem está sempre ali com o coração na mão pelas lutas que ele enfrenta.
Quem aceita farelos afetivos rejeita o manjar de Deus.
Ame o próximo, mas também cuide de você (falo de amizades e namoros incompreendidos, falo de gente sem sentimentos).
Publicado originalmente em Cecilia Sfalsin.