11/04/2013 – Fugindo da vida
Muita gente opta por uma vida mais reclusa por se sentir bem quando está só. Não por ter aversão às pessoas, mas por se sentir melhor acompanhada quando está sozinha.
Já outras pessoas amargam uma solidão autoimposta por várias limitações:
• por não se sentirem à altura do meio social que preferem frequentar.
• por não terem dinheiro para comprar a roupa que acham adequada, ao menos para não fazer feio.
• por acharem que não estão com um corpo socialmente apresentável.
• por não terem humor para aguentar conversa fiada de alpinista social, porque se sentem inferiorizadas.
• por serem muito intolerantes consigo próprias e não terem a menor tolerância para conversar sobre amenidades com leveza e bom humor.
• por se submeterem a uma sistemática anulação pessoal, não lhes sobrando o menor fôlego para tolerarem idiossincrasias alheias.
A lista é interminável e todos os itens têm uma coisa em comum: a pessoa não se aceita e FOGE DA VIDA o quanto possível.
Quando são obrigadas a frequentar ambientes ameaçadores, em geral desenvolvem comportamentos indesejados. Reatividade exercida através da vingança e um jeito todo especial de demonstrar o desprezo que sentem por si próprias e pelos outros.
Pagam caro essa conta com mais desprezo e desqualificação que atraem para si.
Tais pessoas são as que se sentem socialmente derrotadas. Podem até não ser, mas se sentem assim.
O mais patético é que quando tais pessoas conseguem aquilo que chamam de vitória permanecem infelizes.
Porque será, né?
É a velha questão da autoexclusão afetiva.
A pessoa DESCONSIDERA o afeto como elemento primordial nas relações e prioriza os “periféricos”, os adereços que não trazem e nem levam à auto-realização, simplesmente a mantém afastada dela. Faltou o principal. Faltou o foco no afeto!
O nosso oxigênio relacional é o afeto. Qualquer outra coisa asfixia.
Arly Cravo – Conteúdo do Livro: Foco No Afeto
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