1. A iluminação é um destino
A ilusão da “iluminação” como uma luz no fim do túnel é uma armadilha comum – com sua promessa de um lugar permanente de chegada. Mas, na verdade, a iluminação não é um estado último que pode ser perpetuamente sustentado. Estudantes budistas são avisados para não se tornarem ligados à iluminação como uma meta.
Às vezes, podemos experimentar transcendência ou profunda paz interior, e isso é ótimo. Mas o truque não é debruçar-se sobre o momento e fixar-se em como conseguir a sensação novamente. Pelo contrário, é profundamente espiritual apreciar a sensação como um vislumbre do que é possível à medida que avançamos no trabalho de viver essa vida muito humana e, muitas vezes, iluminada.
2. “Pessoas Espirituais” são superiores a outras
Às vezes, a ideia de “estar em uma jornada espiritual” pode ser confundida com ganhar a adesão a uma sociedade secreta ou um clube exclusivo. As pessoas dentro do clube estão no caminho verdadeiro. As de fora não; porque seu foco está em outro lugar elas são inferiores, certo? Errado.
Nossa conexão com a espiritualidade é para encurtar a distância entre nós e o resto do mundo, não para nos diferenciar dele. Nós somos apenas uma pequena parte de um projeto muito grande. Todo mundo está em uma “jornada espiritual”. Nós só sabemos o que é o certo para nós.
Através de uma verdadeira prática, ganhamos compaixão e humildade, e este ganho reduz a nossa necessidade de nos sentirmos especiais. A verdadeira espiritualidade permite-nos ver que somos uma parte de tudo, que somos todos parte uns dos outros.
3. Espiritualidade livra sua vida de toda a negatividade
Se nossa evolução espiritual nos leva a apresentar picos místicos ou novos pensamentos tranquilos, finalmente chegamos a um ponto onde as partes de nossa velha vida (e algumas das pessoas nela) não cabem mais no mesmo caminho. Tentar descrever nossas novas crenças pode ser desagradável. Por sua vez, aqueles que nos ouvem pode responder com cinismo. Eles podem desconsiderar, criticar, ou se sentir ameaçados por aquilo que dizemos. Descoberta espiritual é uma experiência subjetiva; ele não pode ser dita para o outro sem o sacrifício de alguma de sua magia.
Mudança interior, por vezes, revela-se em dramáticas atitudes e comportamentos. Podemos descobrir que já não podemos manter os nossos antigos relacionamentos, porque algo dentro de nós mudou profundamente. O desafio, então, é admitir que o ajuste não é o mesmo, lamentar a perda de alguns relacionamentos, e até mesmo lamentar o velho eu que perdemos. Pode ser doloroso deixar aquele que temos sido para acolher o novo eu.
O destino real sobre qualquer caminho espiritual é chegar a uma aceitação ampla, que inclui os começos e finais que se realizam ao longo do caminho, sem a necessidade de denunciar qualquer parte da nossa experiência.
Qualquer maravilha que testemunhemos em nossa jornada, lembremo-nos de que somos ainda seres humanos no mundo físico. Momentos cósmicos de compreensão vêm e vão, e nós retornamos à vida normal. Nós não podemos segurar, nem devemos pretender. Nós podemos ter estado na montanha e visto milagres, mas ainda temos recolher a roupa e lembrar as crianças de escovarem os dentes. Nós temos o potencial para reivindicar mais plenitude e paz de espírito do que imaginamos.
Nós também temos egos, dramas pessoais, instintos e uma variedade de emoções programadas. A espiritualidade não é uma meta; é a nossa essência. Depressão, desilusão e dúvida são parte da vida. Assim como tristeza, raiva, luta por significado, e dificuldades com amor. Não há como escapar da condição humana e, quando tentamos ignorá-la, nós caímos nas terras sombrias da viagem.
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Traduzido pela equipe de O Segredo
Fonte: Mind Body Green