Segundo estudo, o estresse pode ter grande participação na gravidez, ajudando a definir se os bebês serão meninos ou meninas.
O estresse é um fiel companheiro de muitas pessoas. A pressão no trabalho, os problemas pessoais, as insatisfações nos relacionamentos e a falta de tempo para o cuidado pessoal podem fazer com que fiquemos cada vez mais impacientes e irritados.
Todos sabemos o quanto o estresse afeta nossa qualidade de vida, facilitando o surgimento de condições emocionais e até mesmo doenças, mas poucas pessoas sabem que ele também tem um efeito direto em uma parte muito importante da vida das mulheres: a gravidez.
De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que analisou mulheres que tentavam engravidar no momento atual, e também levou em conta dados de natalidade logo após o atentado das Torres Gêmeas, em 2001, o estresse pode ter grande participação na gravidez, ajudando a definir se os bebês serão meninos ou meninas. Os resultados encontrados mostram que as mulheres que sofrem maior pressão na vida pessoal, profissional ou amorosa têm maiores chances de engravidar de meninas, por conta da liberação do hormônio do estresse, o cortisol.
Cecilia Pyper, do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Oxford, disse:
“As mulheres que tentam engravidar já sabem que é importante para o futuro bebê tomar comprimidos de ácido fólico, parar de fumar e verificar se são imunes à rubéola. Se os resultados deste estudo forem confirmados por estudos maiores, elas também poderão ser aconselhadas sobre a redução do estresse.”
Foram estudadas 338 mulheres da Grã-Bretanha que tentavam engravidar. Elas mantiveram anotações diárias sobre suas rotinas e realizaram exames hormonais para monitoração, especialmente relacionados ao cortisol. O cortisol, junto ao alfa-amilase (hormônios que se tornam mais presentes no organismo com um maior nível de estresse), foram medidos novamente, seis meses antes à concepção.
O cortisol se relaciona ao estresse com preocupações a longo prazo, como dinheiro, trabalho ou saúde, e a alfa-amilase é desencadeada por uma liberação repentina de adrenalina após um período complicada ou após uma discussão, por exemplo.
Nasceram 130 bebês no período da pesquisa, 58 meninos e 72 meninas, e as mulheres que tiveram filhas chegaram a ter um nível até 50% maior de cortisol no organismo, do que as que deram à luz a meninos.
Cecilia, entretanto, fez uma observação importante: “É importante colocar essa nova informação em contexto, reconhecendo que é um estudo muito pequeno e, embora seja a primeira vez que a pesquisa sugere que o estresse da preconcepção pode causar uma diferença no sexo fetal, essa hipótese precisa ser testada em outros estudos maiores, para confirmar ou refutar essa observação.”
O especialista em fertilidade, Dr. Allan Pacey, professor sênior da Universidade de Sheffield, disse que nem sempre o estresse é a causa.
“É importante alertar os casais de que não existe uma maneira infalível de influenciar o sexo do bebê, e a natureza tem uma maneira maravilhosa de equilibrar tudo. Então, embora muitas vezes vejamos observações como essa, no geral há o mesmo número de meninos e meninas nascidos. Um indivíduo mudar aspectos de seu estilo de vida para tentar ter um menino ou menina não é garantia de sucesso e pode, por si só, levar à decepção. Na minha opinião, os pais deveriam apenas ficar felizes com os seus bebês.”
Dr. Allan está certo. Não é saudável para ninguém tentar mudar os hábitos ou manter o estresse apenas para garantir que o bebê seja menino ou menina.
Os filhos são grandes presentes, e não importa como vêm, sempre serão uma grande fonte de aprendizado e felicidade para todos nós. Portanto, devemos sempre ser gratos por eles.
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*Com informações de The Telegraph.
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