Medicamento do tamanho de uma aspirina estimula o sistema imunológico a combater as células que causam o câncer de mama triplo-negativo.
Como sempre, os cientistas nos surpreendem com excelentes notícias, e a mais recente nos dá esperanças de cura para uma das doenças mais graves e que mais atingem mulheres no mundo: o câncer de mama!
Chamada de vacina “implantável”, o novo medicamento em fase de testes, do tamanho de uma aspirina, é colocado próximo ao tumor para evitar que a quimioterapia se espalhe pelo corpo todo.
Quando camundongos com câncer de mama triplo-negativo agressivo, que representa 15% dos casos, receberam a vacina, 100% deles sobreviveram. O medicamento foi criado pelos pesquisadores do Instituto Wyss, da Universidade de Harvard (EUA), em parceria com o Instituto do Câncer Dana-Farber e publicado na revista científica Nature Communications.
De acordo com o coprimeiro autor da pesquisa, Hua Wang, o sistema desenvolvido pelos cientistas, a imunoterapia (ajuda o sistema imunológico do paciente a identificar e combater o câncer) atrai várias células imunológicas para o tumor, enquanto a quimioterapia (utiliza medicamentos para destruir as células doentes) produz um grande número de fragmentos de células cancerosas mortas que as células imunológicas podem pegar e usar para gerar uma resposta específica do tumor.
Na prática
Os cientistas implantaram o medicamento, que é do tamanho do comprimido de aspirina, sob a pele dos camundongos. A vacina também foi colocada perto de um dos linfonodos, que são pequenos órgãos do sistema linfático que atuam na defesa do organismo. Com essa tática, os cientistas chegaram a dois resultados:
– Uma das aplicações foi capaz de incentivar o crescimento e a reunião das células dendríticas, que são tipos de células do sistema imunológico responsáveis por iniciar a defesa do corpo contra uma ameaça.
– Além de reunir essas células de defesa, a vacina transportou uma droga usada na quimioterapia, que conseguiu matar células cancerosas.
Ou seja, com o rompimento dos tumores, foi liberado um material que as células dendríticas reconheceram como ameaça ao corpo, e começaram a destruí-lo.
Confira um vídeo ilustrativo sobre a ação da vacina.
Segundo Hua Wang, o estudo foi focado nesse tipo de câncer porque esse é justamente um dos mais delicados de serem tratados. O câncer de mama triplo-negativo não estimula respostas fortes do sistema imunológico, e as imunoterapias existentes não conseguiram tratá-lo, explica o pesquisador no artigo.
É claro que os pesquisadores ainda têm um longo caminho até que a vacina, enfim, possa ser testada também em seres humanos, mas só pelo fato de os primeiros teste terem sido 100% eficazes, isso mostra que os cientistas estão no caminho certo. Tomara que, em breve, possamos receber mais ótimas notícias a respeito do estudo.
O que você achou dessa descoberta?
Dê a sua opinião nos comentários e não se esqueça de compartilhar essa novidade nas suas redes sociais.