Entenda melhor como o trabalho do pesquisador húngaro Botond Roska funciona e os resultados que já obteve.
Cerca de 39 milhões de pessoas no mundo convivem com a cegueira, segundo dados de 2019, da OMS, compartilhados pela BBC.
Além de afetar nas tarefas do dia a dia, a falta de visão também nos impede de experimentar o mundo de maneira completa, contemplando a beleza da natureza, enxergando a nós mesmos e as pessoas que amamos, e nos inspirando em todas as coisas lindas que existem para nos fortalecer nas horas difíceis.
Apesar de muitos deficientes visuais serem felizes e seguros, existem aqueles que gostariam de contar com a visão para conhecer um novo lado da vida, que ainda não foram capazes de experimentar.
Para essas pessoas, o trabalho de um pesquisador húngaro, dedicado a restaurar a visão de cegos, pode lhes oferecer a esperança de que um dia serão capazes de realizar o grande sonho de enxergar.
Botond Roska é neurobiólogo e um dos maiores especialistas mundiais no estudo da visão e da retina, segundo o portal Hungary Today, e recentemente foi reconhecido por seu trabalho, que está revolucionando a oftalmologia.
Segundo o portal de notícia, Roska se propôs a restaurar a visão aos cegos e tem trabalhado com muita dedicação a esse objetivo.
O neurobiólogo tem trabalhado na Suíça, com seu grupo de pesquisa, e investigado como vários tipos de células no sistema visual extraem informações visuais do ambiente. Baseando-se em mecanismos moleculares, ele e sua equipe desenvolveram novas terapias para restaurar a visão em formas genéticas de cegueira.
Roska também foi pioneiro em um trabalho que identificou cerca de cem tipos diferentes de células na retina e sua interação no processamento de sinais. Agora, o foco do trabalho está sendo converter esses conhecimentos em benefícios para os pacientes e trabalhar com terapias genéticas para aliviar seus problemas ou curá-los.
A equipe do pesquisador conseguiu um avanço promissor através da reprogramação de um tipo de célula no olho, que tornou retinas antes cegas sensíveis à luz novamente. Eles já começaram os testes clínicos em pessoas cegas.
Por conta desse trabalho, Roska recebeu, no ano passado, o Prêmio Körber de Ciência Europeia, que homenageia cientistas europeus responsáveis por projetos de pesquisa de grande potencial de aplicação e impacto internacional. A cada ano, um cientista é premiado.
Em 2019, Roska recebeu o Prêmio Louis-Jeantet de Medicina, pela descoberta dos princípios básicos do processamento da informação visual e pelo desenvolvimento de estratégias terapêuticas para restaurar a visão em distúrbios da retina.
O presidente da Hungria, János Áder, referiu-se ao neurobiólogo como um médico que não trata pacientes, mas que permite que outros os curem através de suas pesquisas.
Que notícia incrível. Ficamos na torcida para que esse projeto se desenvolva cada vez mais e traga esperança a pessoas cegas que desejam enxergar!
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