Gisele Vitória era amiga próxima de Joyce Ellen, a jovem de 16 anos que foi obrigada a cavar a própria cova antes de ser assassinada no fim de março.
Conhecida pelos amigos e familiares como “Sereia”, Gisele Vitória, de 17 anos, desaparecida desde o dia 8 de março, era considerada muito próxima de Joyce Ellen, de apenas 16 anos, assassinada no dia 21 de março. A família relatou que, nas últimas mensagens, a jovem pedia para ver o filho de dois anos porque seria morta.
Sem informações do paradeiro da jovem, a família pede ajuda para encontrá-la. Outras quatro jovens desapareceram ou foram assassinadas nos últimos dois meses em Teresina mas, até o momento, a Polícia Civil, que investiga os casos, acredita que não exista relação.
Gisele desapareceu no dia 8 de março, e o último lugar em onde a viram foi na casa da avó, que fica na Zona Norte da Capital. Segundo informações do G1, a jovem trocou mensagens com a família, informou que seria morta e perguntou onde estava o filho de dois anos.
Meses antes do seu desaparecimento, os parentes mais próximos notaram mudanças no comportamento de Gisele. Segundo eles, a adolescente sempre parecia estar angustiada e sentindo medo, e, em outra ocasião, chegou a falar para a mãe que estava sofrendo ameaças de morte, mas não quis entrar em detalhes, sem citar nomes dos envolvidos ou sequer falar quais eram os motivos.
Os familiares ainda alegaram que, todas as vezes que saíam de casa, ela ficava olhando para os lados com muita frequência, denotando estar assustada e incomodada com alguma situação. Sempre que perguntavam o que estava acontecendo, Gisele era evasiva, dizia que estava “em uma situação difícil”, ou pedia apenas para ser deixada em paz. Ela passava o tempo todo no celular, mas nunca informou com quem se comunicava e tampouco permitiu que olhassem seu aparelho.
A família vê ligação entre os assassinatos das outras duas adolescentes com o desaparecimento de Gisele, e acreditam que ela também tenha sido sequestrada e morta. As jovens que eles se referem foram encontradas enterradas em Timon, no Maranhão, apenas duas semanas depois do desaparecimento, e uma das meninas era amiga muito próxima dela.
Joyce Ellen, de 16 anos, e Maria Eduarda, de 17 anos, foram encontradas sem vida juntas, no dia 21 de março. De acordo com a Polícia Civil, elas foram obrigadas a cavar o próprio túmulo antes de serem assassinadas. Para os familiares de Gisele, as duas outras meninas morreram porque sabiam do desaparecimento da amiga, já que eram muito próximas e tinham o costume de frequentar festas juntas.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, Joyce e Maria Eduarda são vistas cavando o túmulo onde foram enterradas enquanto uma mulher perguntava que havia “pego a irmã”, em seguida perguntava se tinha sido “a Sereia”. As meninas indicaram o nome de um outro rapaz, que ainda não foi encontrado pela polícia e também não foi apontado como suspeito de ter se envolvido no caso.
No dia 12 de abril, Valdirene Melo, de 27 anos, foi encontrada morta. A vítima era vizinha da mãe de Gisele, mas ainda não é possível afirmar se conhecia a menina ou se tinham algum tipo de relação próxima que pudesse justificar relação entre elas.
Valdirene foi encontrada pela polícia nas margens do rio Poti, após denúncias de que havia uma mulher em cárcere privado naquele local. Assim que chegaram, os oficiais viram homens cavando uma cova, houve troca de tiros mas os suspeitos fugiram e, a cerca de 500 metros dali, o corpo da mulher já sem vida foi identificado.
A polícia ainda não possui evidências de que os crimes estejam relacionados, mas segue na investigação. A família de Gisele recebeu a informação de que o corpo dela estaria enterrado próximo ao local onde Valdirene foi encontrada mas, até o momento, os agentes não localizaram nada.