Pai de Anna ela Fernandes de Barros, de apenas 1 ano e 8 meses disse que a família está desolada após a perda da pequena. Ela foi uma das 3 crianças que morreram no ataque.
O ataque a creche em Saudades, cidade no interior de Santa Catarina chocou o Brasil inteiro. O atentado aconteceu na terça-feira, dia 4, onde um rapaz de 18 anos entrou armado de facão, desferindo golpes em quem estivesse pela frente. Além das 3 crianças, duas funcionárias morreram.
Leonardo Felipe Fernandes de Barros afirmou ao G1 que não conhecia o suspeito e família não sabe como vai enfrentar o luto. Ele disse que não tem palavras para explicar o que está sentindo no momento, apenas um buraco em seu peito que nunca vai sarar, relatou.
Ele fez questão de relembrar os bons momentos que passou com a filha, que tinha apenas 1 ano e 8 meses. Falou que Anna Bela era carinhosa e meiga com todos ao seu redor. Era um verdadeiro anjinho. Sua primeira palavra foi “carinho”, porque adorava fazer em todos, sempre correndo e sorrindo, fazendo amizades por onde passava.
Nas redes sociais, parentes e amigos lamentaram a morte da bebê. Durante a tarde de terça-feira, dia do atentado, moradores de Saudades decidiram prestar homenagens às vítimas com fotos e flores que foram deixadas em frente à creche, que funcionava atendendo crianças de 6 meses a dois anos.
O velório das cinco vítimas será coletivo, segundo a prefeitura da cidade. O local escolhido foi o parque de exposições Theobaldo Hermes, onde funciona o ginásio da cidade. Lá, uma missa de corpo presente será celebrada às 9horas de quarta-feira.
O suspeito do atentado foi um rapaz de 18 anos, que invadiu a escola infantil Pró-Infância Aquarela, armado de duas facas. Ele esfaqueou e matou três crianças e duas professoras da unidade. Segundo informações da Polícia Civil, um bebê de 1 ano e 8 meses foi ferido, passou por cirurgia e está na UTI.
O rapaz foi contido pela vizinhança e preso pela polícia. Ele deu golpes contra si e está internado em estado grave. O que se sabe até o momento é que 20 crianças estavam no local e o número de vítimas só não foi maior porque as outras professoras trancaram as salas e esconderam os bebês.
A primeira pessoa que o assassino atacou foi a professora Keli Adriani Aniecevski. Mesmo ferida, ela correu para outra sala, onde estavam mais quatro crianças e a agente educativa Mirla Renner, de 20 anos. O homem chegou até elas e continuou os ataques, matando Keli e três crianças. Mirla chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
Todas as vítimas foram atingidas por pelo menos 5 golpes de faca. Ele tentou entrar em todas as salas da creche, que tinham sido trancadas pelas outras professoras. Em sua casa, a polícia encontrou uma quantia de dinheiro de 11 mil reais e duas embalagens de facas novas.
Keli Adriane tinha 30 anos e trabalhava há 10 na unidade. Mirla Renner tinha 20 anos e era agente educativa. As crianças que faleceram por causa do ataque era Sarah luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses, Murilo Massing de 1 e 9 meses e Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 e 8 meses.
As investigações ainda estão acontecendo. Uma professora da escola que não estava no momento do ataque disse que segundo relatos, as funcionárias esconderam os bebês quando o assassino começou o ataque.