O pai contou em entrevista que a última vez que viu o filho foi há seis anos, mas ele apenas o visitou e foi embora.
Procurado há oito dias em Goiás, Lázaro Barbosa é suspeito de uma chacina em Ceilândia, no Distrito Federal, onde teria cometido um quádruplo latrocínio. Em entrevista ao Correio Braziliense, Edenaldo Barbosa Magalhães, de 57 anos, pai do investigado, afirmou que o filho é um “monstro” e que a última vez que o viu foi há seis anos.
O pai contou que, na ocasião, Lázaro apenas o visitou e foi embora em seguida, mesma época em que “teve uma fuga”. Doente e apreensivo, Edenaldo afirma que não morreu ainda porque “Deus não quis”, e que o “demônio” se apoderou dele.
Envergonhado pelos crimes que o filho está sendo acusado, e arrasado por saber que é seu genitor, o homem explica que se estremece inteiro quando ouve alguém dizer que Lázaro é seu filho. Muito emocionado e com ares de arrependimento, o pai diz que as atitudes dele fazem com que não sinta mais “vontade de ficar na Terra”, e que se um dia o vir pelas ruas, não vai conseguir reconhecê-lo.
Edenaldo quer que o filho seja capturado e preso, para que pague pelos crimes que cometeu, principalmente quando lembra o que aconteceu com a família em Ceilândia. Ele explica que sente dor ao imaginar o desespero que os pais e os filhos passaram, e que isso é o comportamento de “um monstro da pior espécie”.
Com medo de também sofrer as consequências caso Lázaro permaneça solto ou um dia consiga a liberdade, Edenaldo revela que não desejaria que ele saísse mais de trás das grades. Morador da cidade de Girassol, o pai diz que é evangélico e que casou com a mãe de Lázaro quando tinha apenas 17 anos, na Bahia.
Com violência e brigas, o casamento acabou quando Lázaro e Deusdete, irmão mais novo, ainda eram crianças. Há cinco anos, Edenaldo perdeu o filho caçula, que foi assassinado em um acerto de contas, sendo suspeito em casos de roubo e homicídio.
A Secretaria de Segurança Pública de Goiás informou que cerca de 200 policiais participam da operação para a captura de Lázaro, com apoio da Secretaria de Segurança do Distrito Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Além da quantidade de oficiais, eles ainda têm cães farejadores, helicóptero e drones, sendo que alguns policiais também foram colocados à paisana.
O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, disse que só sairá da área rural quando Lázaro for preso, já que é considerado um suspeito perigoso. Ele é investigado pelo latrocínio de uma família inteira em Ceilândia, além de ter matado uma outra vítima em Goiás, e baleado mais três em Cocalzinho, tudo durante sua tentativa de escapar.