Em papo com Mano Brown no podcast “Mano a Mano”, Ludmilla falou sobre o racismo que sofreu quando entrou na indústria musical e confessou que chegou a fazer cirurgias plásticas para tentar ser aceita e driblar os padrões estéticos brancos exigidos pelos contratantes.
“Minha música estourou quando eu tinha 17 anos, e comecei a fazer cirurgia plástica pra começar a ser aceita. No clipe da ‘Fala Mal de Mim’ não dá pra enxergar quem tá cantando, era mais a voz. Daí muito contratante me chamava, chegava no show e as pessoas viam quem eu era, falavam do meu nariz, da minha perna, do meu cabelo”, lamentou ela.
Lud reforçou que o racismo estrutural é ensinado nas escolas, e que é difícil fugir da lógica do abuso e do apagamento da comunidade preta.
“A gente aprende na escola que preto é feio, que cabelo crespo é horrível, que nariz largo é horrível, beição grande. Antigamente a gente não falava sobre racismo assim, abertamente, então a gente ia vivendo e esse era o certo.”