A mãe conta que recebeu uma pílula para acelerar o trabalho de parto e que, apenas alguns minutos depois, estava sendo levada para uma cesariana de emergência.
A gravidez é um dos momentos mais importantes da vida das famílias, mas também um divisor de águas para quem está gerando a criança. Cada exame no pré-natal, cada ultrassom, cada cápsula de vitamina, cada refeição cuidadosamente selecionada são partes do processo de ver um pequeno embrião se transformar em um bebê.
As semanas de espera deixam as mães ansiosas, aguardando o grande dia em que finalmente vão conhecer o novo membro da família, aquele que passaram meses transformando em algo maior e mais complexo. Os movimentos inesperados e pequenos chutes dolorosos, as mudanças hormonais e físicas, toda a existência muda ao abrir espaço para uma nova vida.
O momento do nascimento de um filho é um dos mais aguardados, isso porque se finda ali uma etapa para que outra, ainda mais excitante, comece. Para Reazjhana Williams e seu marido Damarqus Williams, o desejo de conhecer Kyanni era enorme, mas o parto se transformou em um completo caos, ferindo gravemente a recém-nascida.
Segundo reportagem da WGNTV, a recém-nascida sofreu extenso corte no rosto durante uma cesariana de emergência à qual mãe foi submetida. Apenas alguns minutos depois de vir ao mundo, Kyanni precisou de 13 pontos para fechar o corte que atravessava sua bochecha esquerda; e a clínica chamou um cirurgião plástico para fazer o procedimento.
O caso aconteceu no Colorado, Estados Unidos, em junho de 2021, no Denver Health Medical Center, e o pai Damarqus Williams disse que achava a situação toda “perturbadora” e que a filha não estava nem um pouco confortável depois de tudo que tinha acontecido. O casal explicou que o plano inicial era dar à luz naturalmente, mas algumas complicações surgiram durante o trabalho de parto.
A mãe explica que recebeu uma pílula para acelerar o trabalho de parto, e poucos minutos depois foi levada para uma cesariana de emergência. Seu esposo explicou que Reazjhana foi levada às pressas para a cirurgia depois que a filha “fez um movimento súbito e eles não conseguiam ouvir seus batimentos cardíacos”, o que deixou toda a equipe médica receosa.
Assim que viram a filha com o grande corte no rosto, receberam como justificativa a explicação de que supostamente ela estaria com o rosto muito próximo da parede da placenta. Mesmo assim, a mãe acrescentou que gostaria de entender o que aconteceu durante a cirurgia, porque nunca ficou sabendo de casos em que as crianças tiveram seus rostos cortados numa cesariana.
Kyanni então foi operada logo depois do parto, por um cirurgião plástico, e recebeu 13 pontos no rosto. A família criou uma campanha no GoFundMe, recebendo mais de R$ 55 mil para contratar um bom advogado para representá-la judicialmente. A clínica em que a mãe fez o parto entrou em contato com a família diretamente e informou à mídia que, embora seja uma complicação médica “conhecida em cesarianas”, tem como foco atender aos interesses da mãe e da criança.
Além disso, a Clínica Mayo informou que os cortes no rosto do bebê durante uma cesariana podem ser considerados raros, mas que os pais devem estar cientes de que isso pode acontecer, já que é um risco associado à cirurgia. Ainda não foi feita nenhuma atualização do caso, mas nas redes sociais, muitos usuários foram categóricos ao defender que a família deve processar o hospital, já que as cirurgias sempre apresentam mais riscos às mulheres negras do que às brancas, e elas também são as que mais têm o parto induzido.