A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso de uma jovem que denunciou ter sido dopada por um motorista de aplicativo durante uma corrida em Florianópolis no domingo (26).
A passageira, de 19 anos, contou que se jogou do veículo ao começar se sentir tonta e perceber o uso de um gás.
Ela havia solicitado um motorista para ir ao trabalho por volta das 10h. No veículo, notou a atitude suspeita do motorista, que usava de boné e óculos. O homem teria encoberto o rosto com a gola do casaco e soltado dois jatos de um gás inodoro sob o banco dele.
“A gente chegou na frente da pista [rodovia], depois de ele parar para abastecer, e notei que subiu uma fumaça. Comecei a me sentir mal, meus olhos e garganta começaram a arder, fiquei tonta e falei que queria descer do carro duas vezes. Ele não deu bola, continuou andando, e eu me joguei”, disse.
A jovem também relatou que machucou o ombro, mas sem gravidade, e que vai retornar à delegacia para dar mais detalhes do caso durante a semana.
De acordo com o delegado Luiz Fuentes, da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami), um boletim de ocorrência foi registrado pela vítima ainda no domingo (26).
“Ela vai ser ouvida nos próximos dias para ficar melhor esclarecido [o fato]. É preciso complementar o que foi dito no relato inicial, como ocorre em todos os casos”, comentou Fuentes.
Ainda, segundo o delegado, é necessário compreender qual foi a motivação do motorista para o uso do gás que a teria feito perder os sentidos. Somente depois, a polícia indica o crime pelo qual o suspeito pode responder.
“Se foi para fins de ameaçar, para dar um golpe, por brincadeira de mal gosto, algo acidental. Menos mal que não se consumou nenhuma situação mais grave”, disse.