O motoboy William Barros da Silva, aos 34 anos, foi brutalmente assassinado a tiros por um cliente em Itaquaquecetuba, região metropolitana de São Paulo. O desentendimento surgiu por um motivo banal: a ausência de refrigerante na entrega de uma pizza.
O trágico caso ocorreu no dia 19 de outubro, contudo, o acusado foi capturado somente dois meses depois, graças a uma investigação detalhada.
Detalhes do crime
Alex Sandro Benjamin, de 37 anos, foi identificado através de gravações de câmeras de segurança instaladas em uma residência próxima. As filmagens capturaram o momento exato em que William chegou com a entrega às 22h13.
Alex, ao perceber a falta do refrigerante, iniciou uma discussão acalorada diante de sua residência. William verificou o pedido e explicou que o refrigerante não havia sido solicitado pelo cliente. Em um impulso violento, Alex sacou uma arma e efetuou dois disparos contra o entregador.
Umas dez horas da noite, eu tomei um remédio para dor de cabeça e senti aquela agonia. Falei: alguma coisa está acontecendo. Meu Deus, foi o último dia que eu vi meu filho relatou Verônica Barros, mãe de William, ao programa Cidade Alerta.
Acreditando estar fora do alcance das câmeras, Alex tentou simular um cenário de roubo. Ele foi visto arrastando o corpo do motoboy pela rua e depois escondeu a moto da vítima em um local distante.
O criminoso retornou para remover o capacete de William e disparou mais uma vez na cabeça dele. Em seguida, recolheu a mochila da vítima e fugiu no seu próprio veículo às 22h17, pouco antes da chegada do dono da pizzaria e um funcionário ao local.
Esclarecimento do proprietário da pizzaria
O proprietário da pizzaria, José Carlos dos Santos, informou ao Cidade Alerta que a falta do refrigerante foi um erro do próprio cliente. Ele explicou que o cliente havia reclamado mais cedo sobre a ausência da bebida, mas verificou-se que não havia sido incluída na comanda.
Para ser sincero, ele nem pediu o refrigerante. Não estava nem registrado na comanda afirmou José Carlos.
“Eu nunca imaginava chegar num ponto desse”, concluiu ele após os eventos chocantes que levaram à morte de seu empregado.
O entregador não sobreviveu aos graves ferimentos e foi declarado morto no hospital. William Barros da Silva era pai de uma menina de 11 anos.
A mãe dele, ao ser informada sobre o ocorrido a tiros, não percebeu inicialmente quão sério era. “Eu achei que era um tiro no braço, na perna”, conta Verônica Barros. A confirmação da morte veio através dos médicos.
“É muito duro, é muito sofrimento. Eu não aguento isso, não. E eu quero justiça, eu quero que esse rapaz pague na cadeia, porque meu filho estava trabalhando e não fez nada”, desabafa a mãe.
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De acordo com o programa Cidade Alerta, Alex Sandro Benjamin continuou com suas atividades diárias após assassinar o motoboy a tiros, na frente de sua residência. Parentes do falecido chegaram a encontrá-lo em público.
“Minha sobrinha foi para a academia e viu ele lá. Durante quase dois meses meu marido ficou ligando para o investigador e falando: o rapaz está na academia e vocês não vão fazer nada? Ele tirou a vida do meu filho”, conta a mãe de William.
A Justiça, ao avançar com a investigação, expediu um mandado de prisão preventiva contra Alex, que foi detido em sua própria casa. O revólver utilizado no assassinato foi confiscado, e o acusado foi levado para a Cadeia Pública de Mogi das Cruzes.