A estudo americano comprova que há técnicas para que as mulheres intensifiquem o orgasmo com o sexo anal.
Conforme a sociedade avança, mais se tem discutido sobre as vontades e os desejos das mulheres, que, assim como os homens, também são seres em busca de prazer. Segundo o Insider, pesquisadores da Universidade de Indiana e da For Goodness Sake, fizeram um estudo inédito que aponta que o sexo anal pode intensificar o orgasmo feminino. A pesquisa foi publicada no dia 29 de junho deste ano, na revista científica Plos One.
O objetivo do estudo foi avaliar as formas que as mulheres descobriram para sentir prazer com o toque anal. Por meio de uma pesquisa piloto quantitativa, os pesquisadores descobriram três técnicas de toque anal não nomeadas, mas distintas, em que as mulheres acham mais prazerosas e que também tem o poder de expandir o repertório sexual anal de cada um: Anal Surfacing, Anal Shallowing e Anal Pairing. A coleta das informações foi feita com 3.017 mulheres americanas, de 18 a 93 anos.
Os dados sugerem que 40% das mulheres acham o Anal Surfacing prazeroso, que consiste no toque sexual por um dedo, pênis ou brinquedo sexual dentro e ao redor do ânus. Por outro lado, aproximadamente 35% das mulheres acham o Anal Shallowing prazeroso, onde existe toque penetrativo por um dedo, pênis ou brinquedo sexual dentro da abertura anal, não mais profundo do que a ponta de um dedo. Por último, 40% das mulheres acham o Anal Pairing prazeroso, onde há toque no ânus ou dentro do ânus ao mesmo tempo que outros tipos estímulos sexuais são feitos, como penetração vaginal ou toque no clitóris.
Além disso, as mulheres que relataram prazer com superfície anal e/ou penetração anal foram posteriormente questionadas sobre as maneiras pelas quais o toque era prazeroso para elas. Com nove alternativas, os principais deram: mais de um quarto das mulheres (27,6%) revelaram que gostam do toque anal porque faz com que o orgasmo seja mais intenso. Enquanto 39,9% das mulheres acham que o prazer acontece ao mesmo tempo em que há outros toques, como o toque no clitóris ou sexo vaginal. Já 38,9% mostra que foi uma sensação única que pode sentir.
Sendo assim, os dados fornecem técnicas diferentes que as mulheres podem usar e explorar o ânus como uma região prazerosa, além de permitir que estas identifiquem melhor suas preferências sexuais e falem mais sobre elas. Além do que, o conhecimento dessas descobertas também contribui para o crescimento da literatura acerca do tema.
Dicas profissionais
Segundo o Splash, Carla Geane, sexóloga da INTT Cosméticos, uma marca de produtos eróticos, disse observar várias mulheres que têm vontade de experimentar, mas acabam se privando por medo do julgamento alheio. Assim, Carla afirma que o prazer precisa anteceder a cultura da nossa sociedade e que todo o nosso corpo é capaz de sentir prazer se nos permitimos, como por exemplo o sexo anal.
Para a penetração com o dedo, a sexóloga dá a dica para as mulheres usarem preservativo e colocar um bom lubrificante, que inclusive, pode ser um sensorial, que esquente ou até mesmo que faça a região vibrar. Independentemente do que use, o importante é relaxar e estimular o local aos poucos, por pelo menos 30 segundos antes da penetração.
Cuidados no sexo anal
Ainda corfome Carla Geane, para que a relação seja bastante prazerosa são necessários alguns cuidados básicos com a região anal, visto que, ao contrário da vagina, ela não está preparada para a penetração. Sendo assim, o uso do preservativo é imprescindível neste caso, pois pode transmitir Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST ‘s), já que é uma região cheia de bactérias.
O uso de lubrificante também é importantíssimo, visto que o local não tem lubrificação natural, além do cuidado com a força e velocidade da penetração, onde a pessoa precisa estar em uma posição confortável e relaxada.
Em relação aos sex toys, a especialista também fala que só pode ser usado brinquedos específicos para a região anal, sem nenhum improviso para evitar acidentes. Além disso, o aparelho não pode ser cilíndrico e precisa ter uma base para que não haja o risco de escorregar para dentro.
*Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.
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